domingo, 6 de maio de 2018

A inovação pedagógica: o papel das Universidades na formação docente


Fonte:http://mindgroup.cc/como-inovar-sem-perder-o-foco-na-qualidade-de-ensino/


       Atualmente as políticas públicas educacionais visam a melhoria da qualidade social da educação. Um dos conceitos associados a isto é o da inovação pedagógica.
          Segundo Cunha (2004) e seus estudos, a inovação pedagógica tem a ver com o conceito do "novo". Ela requer uma ruptura que permita reconfigurar o conhecimento.
         No entanto, a autora aponta que existe uma crise envolvendo este campo. Tem a ver com a influência do neoliberalismo sobre as configurações da sociedade e da universidade, já que a segunda é legitimadora do conhecimento profissional.
        O mercado passou a controlar a formação e a regulação em nome da eficácia. Não significa que a formação e regulação não sejam importantes, mas alerta para a influência que a regulação tem exercido sobre as políticas públicas.
A regulação, alerta Cunha (2004), está assumindo mais prestígio do que a emancipação, reconfigurando a profissionalidade dos professores e definindo o que seria um "professor de sucesso".
     Embora saibamos que são necessárias reconfigurações dos saberes relacionados com o ensinar e o aprender, como resultado de uma construção histórica, ainda o conteúdo específico prevalece sobre o conhecimento pedagógico das humanidades.
      A inovação pedagógica exige o reconhecimento dos professores como produtores de saberes, plurais em constituição e natureza.
      A profissionalidade dos professores abarca a profissão em ação. Neste sentido, Cunha (2004) aponta que o exercício da docência é um processo, movimento, mudança, uma arte.
         A pesquisa possibilita um caminho para a prática pedagógica inovadora do professor porque ela produz conhecimentos e favorece a formação.
      Nosso desafio é transformar nossas práticas docentes colocando o aluno como protagonista do seu processo de construção do conhecimento.

Referência
CUNHA, Maria Isabel da. Inovações pedagógicas e a reconfiguração de saberes no ensinar e no aprender na Universidade. Portugual: CES, 2004.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Como o sujeito constroi conhecimento, segundo Piaget

Fonte: https://pedagogiaconcursos.com/jean-piaget-biografia/


      A teoria de Jean Piaget apresenta alguns aspectos bem distintos da teoria de Vygotsky. Porém, traz contribuições importantes para a educação e o entendimento de como os sujeitos constroem seu conhecimento.
    Segundo Piaget, temos uma construção endógena dos conceitos, ou seja, interna. Para ele, existe uma estreita ligação entre a linguagem e o pensamento, sendo que o segundo precede a primeira.
      A formação do pensamento como representação conceitual ocorre ao mesmo tempo em que a linguagem se desenvolve. Ambos estão vinculados à função simbólica.
     Para o autor, há uma lógica de coordenação das ações uma vez que a linguagem sensório-motora vem antes da linguagem. Todas as atividades dos sujeitos são controladas nas coordenações gerais das ações. As raízes do pensamento se encontram nos esquemas de ação, prefigurados no funcionamento nas estruturas mais complexas.
     Piaget, para explicar a evolução do comportamento humano, incluídas aí a linguagem e a inteligência, propõe a continuidade como reconstrução das estruturas anteriormente adquiridas. Atenta, neste percurso, para a importância das relações sociais na formação do pensamento conceitual, sendo que a evolução do pensamento como produto também das interações sociais na condição de permanecer garantida a atividade de processos internos e a continuidade, com reconstrução, de conquistas anteriormente alcançadas.
     De acordo com este autor, se as crianças, uma vez atingida a representação e a função simbólica, não exercitaram a recordação e reconstituição das memórias e das ações vividas, através das narrativas, os esquemas não serão interiorizados e não se transformarão em conceitos.
    Há a necessidade permanente de troca simbólica como meio de reconstituição do vivido e interação dos pontos de vista, no processo de construção interna do sujeito.
    Neste sentido, Piaget aponta a necessidade da formação de estruturas internas ao educando, uma vez que segundo seus estudos o pensamento precede a linguagem.
     Os estudos de Piaget são fundamentais para entender o desenvolvimento das estruturas internas que permitem ao sujeito a construção dos conhecimentos. É vital que os docentes (e futuros docentes) conheçam sua teoria de desenvolvimento dos sujeitos.
     Compreendendo como o aluno se desenvolve, é possível planejar de acordo com as necessidades da turma, respeitadas as individualidades de cada educando.

Referências
MONTOYA, Adrián Oscar Dongo.  Pensamento e linguagem: percurso piagetiano de investigação. Psicologia em estudo, v. 11,  n. 1, p. 119- 127, jan/abr 2006.



terça-feira, 1 de maio de 2018

Contribuições de Vygotsky para a Educação

Fonte: http://escolauniverso.com.br/noticias/lev-s-vygotsky


       Vygotsky e seus estudos contribuíram significativamente para a Educação.
      De acordo com sua teoria, o educando precisa interagir, trocar, partilhar etc. Os conhecimentos são adquiridos a partir das relações interpessoais de troca com o meio social. Esta mediação é feita através a linguagem, que realiza uma espécie de mediação do educando com a cultura. 
    Assim, de acordo com sua teoria, para melhorar o nível da sua aprendizagem, o aluno precisa interagir pois a linguagem é uma ferramenta social de contato que possibilita a troca com o outro e permite a cada um completar-se para conquistar seu potencial.
       A teoria de Vygotsky aponta que a cultura se integra ao aluno pela atividade cerebral, estimulada pela interação e mediada pela linguagem. Por isso, para ele, as funções superiores são socialmente formuladas e culturalmente transmitidas.
      Vygotsky construiu sua teoria sobre as funções psicológicas superiores e como a linguagem e o pensamento estão fortemente conectados. São quatro os pensamentos-chave de sua teoria:
  1. interação;
  2. mediação;
  3. internalização;
  4. zona de desenvolvimento potencial.

      A internalização é o momento em que o aprendizado se completa, há a abstração do conceito tornando-o universal. 
     Já a zona de desenvolvimento potencial (ZDP) pode ser definida com o espaço em branco que existe entre o que a criança é, o que ela já sabe fazer sozinha e aquilo que ela tem a potencialidade de vir a ser, desde que seja assistida, aprenda com os outros; deve haver estímulos para o desenvolvimento - é uma das etapas de aprendizagem mais importante.
     Neste sentido, aponta a importância do papel do professor como um mediador entre a criança e o mundo, descobridor da ZDP do aluno.
       Os estudos e práticas que o curso de Pedagogia nos proporcionam servem como instrumento de reflexão de nossa prática docente e possibilidade de repensá-la, visando a um planejamento mais integrado, colocando o aluno como protagonista em seu processo de construção de conhecimento, tornando a sala de aula uma espaço de interação entre todos os sujeitos.

Referências
MONTOYA, Adrián Oscar Dongo. Pensamento e linguagem: percurso piagetiano de investigação. Psicologia em estudo. Maringá, v.11, m. 1, p.119-127, jan/abr 2006.