segunda-feira, 30 de maio de 2016

O brincar para mim: lembranças e proposições

Fonte:http://loja.grupoa.com.br/uploads/imagensTitulo/20110707042727_Saraiva_Palavras_Brinquedos_Brincadeiras.gif

Lembro-me muito da minha infância e início da adolescência, onde costumava brincar muito. Ter vivido com ênfase esta etapa da minha vida entendo que foi fundamental para o meu desenvolvimento enquanto sujeito.
Sempre residi em cidade do interior. Recordo que em minha infância morávamos próximos a outros familiares, não havia estrada para passagem de carro, somente de carroça e a pé. Ao lado da minha casa havia um bambuzal, onde brincávamos de esconde-esconde. Minhas referências nesta fase da vida era meus primos, que residiam próximo a minha casa. Em especial, meu primo Tiago, mais próximo, embora mais novo que eu, era com quem mais brincava ao longo do dia.
Com o passar do tempo, o local foi se desenvolvendo, estradas foram abertas, tornando-se um bairro. A partir de então, outras famílias passaram a residir próximo e fui fazendo amizades. As brincadeiras mais comuns eram esconde-esconde, pega-pega, futebol, que era o que tínhamos a nossa disposição e nossa criatividade também contribuía. Eu, como era gordinho, não gostava muito do futebol, embora jogasse.
Lembro também, que mais adiante, quando ganhei meus primeiros carrinhos feitos de madeira (de forma artesanal: caminhão, patrola) aproveitava e brincava com meus vizinhos, com meu primo com nossos carrinhos. Também, como já mencionei em outra oportunidade, adorava pegar as panelas das tampas de minha mãe e dirigir meus carros: cada panela representava um modelo de carro.
Lembro quando ganhei minha primeira bicicleta, como a rua era tranquila, podia andar muito, emprestava, fazíamos corridas.
Aos poucos, foram surgindo outras formas de brincar: o videogame, o computador.......mas nunca fui muito fã de brincar com eles, sempre preferi estar na rua, ao ar livre, estar com meus amigos. Mas a figura que mais me vem à mente é meu primo Tiago, pois era vizinho e sempre fomos muito próximos e brincamos muito. Boas épocas estas....
Tantas outras brincadeiras trazidas pelas leituras propostas para este debate, outras que aprendi com meus pais, amigos, que hoje parecem estar se perdendo.......
fonte: http://www.bhfazcultura.pbh.gov.br/sites/bhfazcultura.pbh.gov.br/files/%5Buid%5D/cck_images/parque.jpg

Refletindo sobre a importância do brincar, ele é fundamental no desenvolvimento das crianças, desenvolvimento da criatividade, inteligência, além de sua grande função socializadora.
Enquanto a criança brinca, ela aprende. E acompanhando a história dos brinquedos, eles refletem aspectos sociais, culturais e econômicos de determinada época.

Hoje, percebemos os eletrônicos como preferência da maioria das crianças. Claro que contribuem e são importantes fontes de aprendizado e conhecimento, mas a possibilidade de construir e usufruir de um jogo construído, aprender brincadeiras com nossos pais, avós, colegas é fundamental para a consciência cultural e histórica enquanto sujeitos em constante evolução.


Referências:
http://loja.grupoa.com.br/uploads/imagensTitulo/20110707042727_Saraiva_Palavras_Brinquedos_Brincadeiras.gif
http://www.bhfazcultura.pbh.gov.br/sites/bhfazcultura.pbh.gov.br/files/%5Buid%5D/cck_images/parque.jpg
FERREIRA, Moacyr Costa. O brinquedo através da história.
CARNEIRO, Mª Angela Barbato. A História Magnífica dos Jogos. (Revista Carta Fundamental)

domingo, 29 de maio de 2016

Refletindo sobre Poema e Poesia

Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-aTMtsYl-Kvs/T15EOAAQlnI/AAAAAAAAAv0/VdL2uBoxJEM/s1600/compra-coletiva-mosqueteiros-dia-da-poesia.jpg

Minha reflexão hoje inicia a partir do estudo sobre poema e poesia, na interdisciplinar de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem.
Analisando a essência, poema é um texto que se apresenta em forma de versos, estrofes, ritmo, métrica e sonoridade, enquanto que a poesia além de ser encontrada no poema, em narrativas literárias (conto, romance, novelas) e obras de arte, apresenta um conteúdo poético, visando desenvolver a sensibilidade (com o mundo, as artes, as palavras), apresenta uma linguagem mais elaborada.
Analisando o contexto histórico, vemos que até o século XIX encontramos pequenos manuscritos familiares, geralmente de pais para filhos. A partir deste século, pode-se dizer que surge juntamente com a escola com uma função moral, visando além do aprendizado da língua portuguesa o bom comportamento e o civismo.
Uma análise crítica mostra que desde o seu surgimento e uso na sala de aula, são acompanhados de questionários e deram origem às famosas “fichas de leitura”, às quais ainda hoje obrigamos nossos estudantes a tais atividades que consideram “penosas” e chatas, uma vez que de certa forma o são.
Não desmereço totalmente sua importância (em pequena parte), mas ainda é desafio que o educador faça o uso do poema e poesia visando explorar e ampliar as potencialidades dos alunos, sua reflexão, para além de questões prontas para seu rápido entendimento e compreensão.
Temos os exemplos do próprio Olavo Bilac, Cecília Meireles e Vinícius de Moraes, que em seu tempo exploraram a musicalidade, o jogo sonoro, além do compromisso pedagógico a que sempre se destinavam o poema e a poesia.
Existem muitas possibilidades, cabe a nós explorarmos o imaginário!


Fontes:
http://3.bp.blogspot.com/-aTMtsYl-Kvs/T15EOAAQlnI/AAAAAAAAAv0/VdL2uBoxJEM/s1600/compra-coletiva-mosqueteiros-dia-da-poesia.jpg
CAMARGO, Luís. A poesia infantil no Brasil.


segunda-feira, 16 de maio de 2016

A importância do brincar

Assistindo aos dois vídeos propostos pela Interdisciplina Ludicidade e Educação, o primeiro "O fim do recreio" reflete a importância deste espaço de interação e socialização entre as crianças da escola. Entendo o recreio como um momento de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, porque eles podem entrar em contato com outras crianças de turmas de idades diferentes, interagir, criar, se expressar, o que é fundamental.
O outro vídeo "Natureza brincante", mostra que é possível criar brinquedos com a utilização de materiais simples e do nosso cotidiano. O mais importante de ganhar brinquedos prontos, a possibilidade de instigar as crianças para que criem seus brinquedos e com eles interajam, explorem possibilidades.

Ambos os vídeos me remeteram à minha infância, em São Vendelino, interior do RS. Brinquei muito, mas muito mesmo, não dispunha de tantos brinquedos, mas sempre com amigos, vizinhos, buscávamos brincar e criar novas possibilidades. E sem falar que eu amava o recreio na escola, também brincava muito, corria.
A imagem abaixo mostra exatamente como os alunos veem o recreio:


Fontes:
http://br.web.img3.acsta.net/medias/nmedia/18/87/80/78/19968753.jpg
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000002603/md.0000047447.png
https://www.youtube.com/watch?v=t0s1mGQxhAI&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=ZGKx7Z56g0A&nohtml5=False

A voz: instrumento de trabalho do professor e de comunicação interpessoal


Assistindo ao Filme “Minha Voz, Minha Vida” proposto pela interdisciplina de Música na Escola me enxerguei por diversas vezes no enredo do filme.
Sou uma pessoa que bebe muita água, sempre me acompanha minha garrafinha de água durante todo o dia e inclusive na sala de aula. Não consigo ficar sem beber muita água. Mesmo assim, percebi que falho com o uso da minha voz.
Já fiquei rouco, estava no meio de explicação com alunos e simplesmente engasguei e não consegui mais falar, tossia sem parar, enfim, por diversas vezes simplesmente não consegui mais continuar.
Também sei que muitas vezes descuido meu tom de voz e acabo inclusive falando muito alto fora da sala de aula, seja conversando com outras pessoas, seja ao falar ao telefone, enfim....
Sem falar nas vezes que precisei falar muito alto em sala de aula, seja pela quantidade de alunos, pelo agito da turma, competindo com conversas, ventilador, enfim, com o som estranho ao ambiente propício para ensino-aprendizagem.
Nós professores muitas vezes não paramos para pensar e nem ficamos atento ao uso que estamos fazendo de nossa voz, que é instrumento de trabalho fundamental em sala de aula e inclusive de comunicação interpessoal (embora não seja o único).
Compartilho o filme para que mais professores possam refletir sobre ele:

Fontes:
http://www.sempreperfeito.com/wp-content/uploads/2011/10/cuidados-com-a-voz.jpg
https://www.youtube.com/watch?v=d9e4oHqtIXY


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Aprendendo sobre Libras


A Língua Brasileiras de Sinas – LIBRAS, é a forma de comunicação oficial entre os surdos. Sendo a linguagem um meio de interação social, comunicação e significação, ela é fundamental na vida das pessoas.
É importante refletir sobre a necessidade de nós, docentes, e também a sociedade, aprender Libras para comunicarmos.
Atualmente, Libras é parte integrante do currículo da formação de professores, para que estes aprendam esta forma de comunicação para relacionarem-se em sala de aula com os alunos que necessitam esta forma de comunicação, além de proporcionar aos demais da classe que aprendam.
Em minha prática docente, ainda não tive alunos surdos, com os quais necessitasse me comunicar usando Libras. No Município onde resido, São Vendelino, que possui 2.000 habitantes, também não há registro de pessoas surdas, até o momento.
Neste momento de meu aperfeiçoamento profissional, entendo necessária a aprendizagem de Libras, para que quando houver a necessidade de comunicar-me com um Surdo eu seja capaz de fazê-lo sem a necessidade de um intérprete.


Referências:
https://psidaianagallas.files.wordpress.com/2013/01/libras.png
http://www.adpec.org.br/2013/wp-content/uploads/2015/08/maos.png
https://somdasmaos.wordpress.com/2013/04/18/a-importancia-da-libras-na-sociedade/
https://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/22074/a-importancia-da-comunicacao-em-libras-na-vida-das-pessoas-surdas

terça-feira, 3 de maio de 2016

Refletindo sobre a literatura: trabalhando com a diversidade

Hoje me proponho a escrever sobre diversidade, em especial a literatura disponível para trabalho nas escolas de Educação Básica, partindo de reflexões do texto de “Rosa Maria Hessel Silveira”, por proposição de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem.
A partir da leitura do texto proposto, pensando em minha prática docente e na formação que venho desenvolvendo, na primeira parte do texto, a autora afirma que  “na última década uma preocupação mais programática com a formação da criança para “conhecer” e aceitar o diferente vem ensejando uma proliferação de títulos dentro de várias vertentes da temática (pág. 2)”. Esta é uma grande preocupação que se tem na formação dos alunos, principalmente para uso da diversidade de livros de literatura visando que os educandos tenham acesso a conhecer o diferente, compreendendo-o. Para o desenvolvimento destas ações, o Governo enriqueceu as bibliotecas escolares (e inclusive com o PNAIC bibliotecas nas salas do 1º ao 3º Ano do Ensino Fundamental) para que os alunos possam ter acesso a diversificada bibliografia.
Outro ponto trazido pela autora é que ““as “novas” obras, como quaisquer produtos culturais, também são produzidas dentro de contextos, valores, quadros de referências e verdades em que seus autores e autoras se situam” (pág.3). O objetivo destas é o desenvolvimento crítico e criativo dos cidadãos, que a partir do contato com os diferentes gêneros são convidados a ter seu próprio posicionamento, que pode inclusive diferir da visão trazida pelo autor. Isto pode ser corroborado com estudos realizados trazidos pela autora que afirma que os “autores estavam motivados por uma função pedagógica de uma abordagem “não preconceituosa”, mais “realista” de determinadas diferenças,” (pág. 3). Seja trazendo a questão das deficiências, das diferenças sociais, diferenças físicas, entre outras.

Com a evolução e a garantia dos direitos sociais no Brasil, é fundamental que a literatura também sirva como apoio no trabalho sobre o ser diferente em sala de aula, pois neste espaço a heterogeneidade é que enriquece o processo das relações humanas e contribui para a formação crítica dos alunos. Embora a bibliografia tenha avançado, ainda há pouco material disponível nas escolas para uso com os alunos, principalmente quanto a diferenças de gêneros. Ainda temos a presença de visões tradicionais, carregadas de fortes representações religiosas, até mesmo um tanto míticas para justificar as diferenças entre as pessoas, este é um dos motivos do atraso e da pouca bibliografia sobre o tema, além do fato de que é recente a inserção das temáticas sob novos e diferentes olhares nas escolas.
Na minha opinião, a inserção da temática das diferenças, do ser diferente, em sala de aula constitui um processo riquíssimo para o desenvolvimento crítico dos alunos. Embora concorde com a autora que ainda os livros estejam carregados de visões limitadas ou da necessidade da ampliação das visões para além daquelas priorizadas nos enfoques, este é um processo que esta em ampliação, uma vez que a sala de aula tornou-se um espaço de discussão e de infinitas possibilidades de trabalho.

Referências:
SILVEIRA, Rosa Maria Hessel. Nas tramas da Literatura Infantil: olhares sobre personagens “diferentes”.



domingo, 1 de maio de 2016

Ludicidade: desenvolvendo a criatividade

“Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem” (Carlos Drummond de Andrade).
Incorporar o lúdico no processo de ensino-aprendizagem é ampliar as possibilidades para os alunos aprenderem e se desenvolverem. Através dos jogos, das brincadeiras, da música e da dança, é possível criar um ambiente estimulador e que de prazer para que os alunos aprendam de diversas maneiras.
Este é um desafio para os professores em sala de aula: repensar sua prática docente e oferecer atividades diversificadas que contribuam para o processo de ensino-aprendizagem.
A palavra lúdico é originária do latim ludus e significa brincar. Piaget em sua teoria aponta para a importância do lúdico no desenvolvimento da criança.

Referências:
https://aprender.buzzero.com/buzzers/mirian_nogueira/10484/HotSiteImage.jpg
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/55787/ludicidade-desenvolvendo-talentos-criatividade-e-conhecimento
http://www.ufrgs.br/soft-livre-edu/pedagogiadobrincar/o-que-e-ludicidade/

Música na escola: aprender cantando

“Quem canta, seus males espanta!”
Todos nós conhecemos ou algum dia já ouvimos esta expressão sendo dita por alguém ou por nós mesmos. Pois bem, seu significado vai muito além.
A música além de fazer bem para alma, para o coração, é relaxante e possibilita um bem-estar para as pessoas. Além disso, ela proporciona aprendizagem.
Pois bem, no Brasil a Lei nº 11.769 inseriu o ensino da Música no currículo das Escolas de Educação Básica, com obrigatoriedade a partir do ano de 2012. Até então, cantar e aprender sobre música era facultativo, sendo também optativo para os professores, que embora em sua formação tenham aprendido a importância da música para o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, nem sempre a tem como prática no cotidiano da sala de aula.
A partir da lei, fica obrigatório o ensino da Música nas escolas. O que a meu ver é um ganho ao currículo escolar. Embora seja facultativo como componente específico ou inserido dentro de Arte, a música amplia as possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos.
No Município onde resido, São Vendelino, o ensino da música é integrante do currículo há muitos anos. Mas desde 2009 passou a ser de caráter semanal para os alunos dos Anos Iniciais e Educação Infantil , com profissional devidamente habilitado, além é claro, do próprio professor que diariamente está em sala de aula. Além da rede municipal, o Município oferece as aulas para os alunos da rede estadual, por meio do pagamento do professor de Música.
É uma aula muito esperada por todos os alunos que, além de aprender cantando, têm opção de aprenderem instrumentos musicais, teoria da música, sua História e tudo o que o currículo possibilita.

A imagem a seguir mostra uma apresentação de um grupo de alunos no projeto de contraturno escolar, para o aniversário do Município:


Referências:
http://acertodecontas.blog.br/wp-content/uploads/2008/08/mundo-da-musica.gif
https://www.facebook.com/saovendelinors/?fref=ts