Hoje me proponho a escrever sobre
diversidade, em especial a literatura disponível para trabalho nas escolas de
Educação Básica, partindo de reflexões do texto de “Rosa Maria Hessel Silveira”,
por proposição de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem.
A partir da leitura do texto proposto, pensando em minha prática docente
e na formação que venho desenvolvendo, na primeira parte do texto, a autora
afirma que “na última década uma
preocupação mais programática com a formação da criança para “conhecer” e
aceitar o diferente vem ensejando uma proliferação de títulos dentro de várias
vertentes da temática
(pág. 2)”. Esta é uma grande preocupação que se tem na formação dos alunos,
principalmente para uso da diversidade de livros de literatura visando que os
educandos tenham acesso a conhecer o diferente, compreendendo-o. Para o
desenvolvimento destas ações, o Governo enriqueceu as bibliotecas escolares (e
inclusive com o PNAIC bibliotecas nas salas do 1º ao 3º Ano do Ensino
Fundamental) para que os alunos possam ter acesso a diversificada bibliografia.
Outro ponto trazido
pela autora é que ““as “novas” obras,
como quaisquer produtos culturais, também são produzidas dentro de contextos,
valores, quadros de referências e verdades em que seus autores e autoras se
situam” (pág.3). O objetivo destas é o desenvolvimento crítico e criativo
dos cidadãos, que a partir do contato com os diferentes gêneros são convidados
a ter seu próprio posicionamento, que pode inclusive diferir da visão trazida
pelo autor. Isto pode ser corroborado com estudos realizados trazidos pela
autora que afirma que os “autores estavam
motivados por uma função pedagógica de uma abordagem “não preconceituosa”,
mais “realista” de determinadas diferenças,” (pág. 3). Seja trazendo a questão
das deficiências, das diferenças sociais, diferenças físicas, entre outras.
Com a evolução e a
garantia dos direitos sociais no Brasil, é fundamental que a literatura também
sirva como apoio no trabalho sobre o ser diferente em sala de aula, pois neste
espaço a heterogeneidade é que enriquece o processo das relações humanas e contribui
para a formação crítica dos alunos. Embora a bibliografia tenha avançado, ainda
há pouco material disponível nas escolas para uso com os alunos, principalmente
quanto a diferenças de gêneros. Ainda temos a presença de visões tradicionais,
carregadas de fortes representações religiosas, até mesmo um tanto míticas para
justificar as diferenças entre as pessoas, este é um dos motivos do atraso e da
pouca bibliografia sobre o tema, além do fato de que é recente a inserção das
temáticas sob novos e diferentes olhares nas escolas.
Na minha opinião, a
inserção da temática das diferenças, do ser diferente, em sala de aula
constitui um processo riquíssimo para o desenvolvimento crítico dos alunos.
Embora concorde com a autora que ainda os livros estejam carregados de visões
limitadas ou da necessidade da ampliação das visões para além daquelas
priorizadas nos enfoques, este é um processo que esta em ampliação, uma vez que
a sala de aula tornou-se um espaço de discussão e de infinitas possibilidades
de trabalho.
Referências:
SILVEIRA, Rosa Maria
Hessel. Nas tramas da Literatura
Infantil: olhares sobre personagens “diferentes”.
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