Fonte: https://educamaisbrasil2015.com.br/eja-2018/
Os conceitos e funções da Educação de Jovens e Adultos são: função reparadora, equalizadora e qualificadora.
A função reparadora tem a ver com reparar a realidade, considerando uma " dívida inscrita em nossa história social e na vida de milhares de indivíduos". É permitir o acesso a direitos anteriormente negados, ligados ao acesso a escola e a uma educação com qualidade, além do reconhecimento de uma igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano.
Ela teve origem a partir de um direito negado pelas elites que sempre dominaram o país historicamente: a educação escolar dos negros escravizados, índios reduzidos, caboclos migrantes, trabalhadores braçais e outros.
Ainda hoje dados oficiais apontam a dívida histórica do país a este grupo de desfavorecidos que tiveram um direito muito importante negado por muito tempo na história. A reparação disso é reconhecida como um dos próprios fins da EJA, reconhecendo o advento para todos deste princípio de igualdade.
A função equalizadora está diretamente associada a todos aqueles que não tiveram uma adequada correlação idade/ano escolar em seu itinerário educacional e nem a possibilidade de prosseguimento de seus estudos.
Esta função deve dar conta de trabalhadores e outros segmentos como donas de casa, imigrantes, aposentados e encarcerados.
Seu objetivo reside na reentrada no sistema educacional devido a uma interrupção forçada, associada a repetência ou à evasão, às desigualdades de permanência ou outras condições adversas.
Para tanto, faz-se necessário a abertura de mais vagas para todos estes demandantes desta oportunidade de equalização.
A educação é uma condição necessária para o exercício da cidadania na sociedade contemporânea que cada vez mais exige o desenvolvimento de competências e habilidades. Desta forma, a EJA é uma possibilidade de efetivação de um caminho de desenvolvimento para todas as pessoas, de todas as idades. Permite, ainda, atualização dos conhecimentos, mostra de habilidades, troca de experiências e acesso a novas regiões do trabalho e da cultura.
A função qualificadora tem como objetivo propiciar a atualização de conhecimento por toda a vida, sendo considerada o próprio sentido da EJA.
Ela tem por base o caráter incompleto do ser humano cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode ou não pode se atualizar nos quadros escolares. Implica numa educação permanente e a criação de uma sociedade educada para o universalismo, a solidariedade, a igualdade e a diversidade.
Esta função pode ser o caminho de novas descobertas das potencialidades de cada um: o poder de qualificar, se requalificar e descobrir novos campos de atuação como realização de si.
Sendo assim, os desafios são grandes, porém não são impossíveis.
A função reparadora tem a ver com reparar a realidade, considerando uma " dívida inscrita em nossa história social e na vida de milhares de indivíduos". É permitir o acesso a direitos anteriormente negados, ligados ao acesso a escola e a uma educação com qualidade, além do reconhecimento de uma igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano.
Ela teve origem a partir de um direito negado pelas elites que sempre dominaram o país historicamente: a educação escolar dos negros escravizados, índios reduzidos, caboclos migrantes, trabalhadores braçais e outros.
Ainda hoje dados oficiais apontam a dívida histórica do país a este grupo de desfavorecidos que tiveram um direito muito importante negado por muito tempo na história. A reparação disso é reconhecida como um dos próprios fins da EJA, reconhecendo o advento para todos deste princípio de igualdade.
A função equalizadora está diretamente associada a todos aqueles que não tiveram uma adequada correlação idade/ano escolar em seu itinerário educacional e nem a possibilidade de prosseguimento de seus estudos.
Esta função deve dar conta de trabalhadores e outros segmentos como donas de casa, imigrantes, aposentados e encarcerados.
Seu objetivo reside na reentrada no sistema educacional devido a uma interrupção forçada, associada a repetência ou à evasão, às desigualdades de permanência ou outras condições adversas.
Para tanto, faz-se necessário a abertura de mais vagas para todos estes demandantes desta oportunidade de equalização.
A educação é uma condição necessária para o exercício da cidadania na sociedade contemporânea que cada vez mais exige o desenvolvimento de competências e habilidades. Desta forma, a EJA é uma possibilidade de efetivação de um caminho de desenvolvimento para todas as pessoas, de todas as idades. Permite, ainda, atualização dos conhecimentos, mostra de habilidades, troca de experiências e acesso a novas regiões do trabalho e da cultura.
A função qualificadora tem como objetivo propiciar a atualização de conhecimento por toda a vida, sendo considerada o próprio sentido da EJA.
Ela tem por base o caráter incompleto do ser humano cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode ou não pode se atualizar nos quadros escolares. Implica numa educação permanente e a criação de uma sociedade educada para o universalismo, a solidariedade, a igualdade e a diversidade.
Esta função pode ser o caminho de novas descobertas das potencialidades de cada um: o poder de qualificar, se requalificar e descobrir novos campos de atuação como realização de si.
Sendo assim, os desafios são grandes, porém não são impossíveis.
Temos de pensar em muitos aspectos quando nos referimos à EJA, como as leituras nos possibilitaram refletir. Primeiro, pensar num currículo específico para esta modalidade, uma vez que não pode ser uma extensão da estrutura já utilizada nas classes regulares.
Segundo, a abertura de novas vagas e o investimento para que as políticas públicas vigentes deem conta de acolher todo o público-alvo da EJA para quem foram pensadas, permitindo que efetivamente tenham acesso a escolarização e ao desenvolvimento de competências e habilidades que permitam seu contínuo desenvolvimento social.
Outro aspecto muito importante é quem hoje é atendido pela EJA e quem ainda não tem acesso a esta modalidade. Criar condições de acesso e permanência são condições fundamentais para o êxito das políticas públicas e das funções reparadora, equalizadora e qualificadora da EJA.
Outro
aspecto que merece relevância é o uso das tecnologias da informação e
comunicação (TICs), que são ferramentas que permitem reconstruir nossa prática
docente, possibilitando um ambiente interativo e desafiador para os estudantes.
As TICs ainda são pouco exploradas nas escolas públicas, principalmente na EJA.
Elas apresentam um universo de possibilidades de uso pedagógico em sala de
aula, possibilitando ao mesmo tempo interatividade
e interconectividade (FAGUNDES, SATO; MAÇADA (s.d.). As autoras alertam:
[...] A grande maioria das metodologias
educacionais, e de suas tecnologias, que atualmente são ensinadas nos cursos de
formação de professores, mostram-se ineficientes para ajudar o aluno a aprender
e desenvolver novos talentos. Não se sabe ajudá-lo a alcançar o poder de
pensar, de refletir, de criar com autonomia soluções para os problemas que
enfrenta.
Pelo
exposto, urge a necessidade de revisitarmos as práticas da EJA, no sentido de
propiciar um maior protagonismo dos sujeitos, reconfigurando o espaço da sala
de aula, explorando novas ferramentas, aliadas às TICs, garantindo à todos o
acesso, a permanência e o sucesso escolar. É hora de dar voz e vez aos sujeitos
da EJA, valorizando esta modalidade e pagando nossa dívida histórica com
relação à oferta e qualidade que merece.
Referências:
PARECER CEB Nº 11/2000. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos
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