quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Refletindo sobre minha prática na Educação Matemática: espaço e fomra

fonte: https://estudokids.com.br/wp-content/uploads/2015/09/aprendendocomosblocoslogicos.jpg


Aprender a se localizar no espaço e a percepção sobre formas é fundamental para as crianças. Vivenciar atividades trabalhando estes conceitos deve ser iniciado na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Minha experiência docente limita-se ao Ensino Fundamental e Médio, não tendo atuado na Educação Infantil.
Na minha sala de aula atuo com o 1º Ano. Pauta minha prática na utilização de materiais concretos para que os alunos possam manuseá-los, o que contribui significativamente para a sua aprendizagem.
Um material excelente que exploro muito com os alunos são os blocos lógicos, onde busco trabalhar as diversas formas, cores e tamanhos. No manuseio com o material (que é de madeira). É possível agrupar os blocos por cores, formas, entre outras possibilitas.  Quando estão manuseando o material, peço aos alunos que formem figuras ou objetos com diferentes peças. A própria ação de reagrupar os blocos na caixa requer dos alunos organização, pensamento e classificação, para que todo o material caiba na caixa.
Outro material que utilizo com meus alunos é a escala cusenaire, formada por barrinhas de madeira de diversas cores e tamanhos, onde também peço que formem figuras ou objetos com o uso das barrinhas.
Para localização no espaço, a primeira atividade que realizo com meus alunos no início do ano letivo é a localização dentro do espaço da escola. Ando com os alunos por todas as dependências da escola, pátio, salas, já conversando com eles sobre a localização (cima/baixo, direita/esquerda, perto/longe, etc.). De volta sala de aula, realizamos a construção de uma maquete simples (utilizando materiais de reuso).
Outra atividade que realizei, aproveito o uso de netbooks educacionais que a escola recebeu do Governo. Cada aluno tem o seu net para utilizar na escola. O netbook tem um aplicativo denominado “Childsplay_sp”, que o jogo aponta a palavra e as letras ficam espalhadas dentro de um labirinto. Os alunos devem utilizar o teclado do computador e movimentar pelo labirinto em busca das letras para formas as palavras, respeitando a ordem correta para a formação da palavra.
Com a leitura dos textos propostos, percebo que minha prática está de acordo com a proposta, que destaque o uso de recursos disponíveis no ambiente dos alunos, exploração de material concreto.
Aprender precisa ter sentido para os alunos. Para aprender a Matemática de forma prazerosa, é fundamental pensar uma prática com a utilização de material concreto e jogos didáticos, visando despertar nos alunos o interesse em aprender, desfazendo-se da ideia de que a Matemática é um “bicho-papão”, difícil de aprender.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Fazendo Mais Educação com Qualidade

fonte: http://www.saovendelino.rs.gov.br/noticias/index/148/

Quero dedicar esta minha postagem para comentar e comemorar mais um bom resultado, aliás, um bicampeonato.
Por dois mandatos, há quase 8 anos, venho exercendo a função de Secretário Municipal de Educação, Cultura e Desporto de São Vendelino, um dos menores municípios do nosso Estado.
Com a experiência de professor, aceitei este desafio de ser gestor da educação municipal. Investimentos fortemente na área da Educação, quando a Lei exige que os Municípios invistam no mínimo 25% do orçamento resultando de impostos e transferências, desde 2009 investimos anualmente mais de 30% em Educação, sendo que em 2012 atingimos o auge de 34%.
Tratamos de cuidar bem de nossas crianças, passando a contar com duas Escolas de Educação Infantil, de turno integral. E graças a este investimento por dois anos seguidos, 2015 e agora 2016, ocupamos o 1º lugar entre todos os Municípios gaúchos em atendimento às crianças na Educação Infantil com idade de creche (0 a 3 anos) e pré-escola (4 a 5 anos) em turno integral.
 O resultado reflete um trabalho de toda a equipe da educação municipal, resultando dos esforços e investimentos de uma administração que entende que investir em Educação é investir no futuro. E agora, novamente, colhemos o resultado do bom trabalho, através da radiografia da Educação Infantil no RS, divulgada no início deste mês de dezembro pelo Tribunal de Contas do Estado.

Este bicampeonato não nos faz acomodarmos; nos desafia a fazermos cada vez mais e melhor.
A notícia você pode conferir no site do TCE no link







quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Refletindo sobre possibilidades de trabalho sobre Multiplicação e Divisão na Alfabetização


Fonte:http://www.wscom.com.br/arqs/noticias/original/201409231001050000003599.jpg

         A compreensão da multiplicação e da divisão costuma ser muito complexa e por vezes traumática aos alunos. Principalmente, porque ainda se insiste que o ensino da multiplicação ocorra da forma tradicional por meio da decoreba das benditas tabuadas e, posteriormente, com a “falsa” ideia de que os alunos sabem (ou melhor, decoraram) a tabuada, passa-se ao ensino da divisão.
Ora, como professor com primeira formação na área de exatas (Física), percebo a importância que o material concreto tem na construção do pensamento matemático pelo aluno. O jogo também é um recurso importante neste processo.
Como professor alfabetizador do 1º Ano do Ensino Fundamental, pauto minha prática na utilização de recursos e materiais concretos. Primeiro, porque são palpáveis, através do contato com eles os alunos interagem, o que facilita a aprendizagem dos conceitos matemáticos. Segundo, porque com a interação com os objetos concretos, há um sentido na ação para os alunos, o que desperta a curiosidade, o raciocínio e resulta na aprendizagem.
Para trabalho com a noção da multiplicação, realizei algumas atividades com meus alunos, que têm faixa etária variando de 6 a 7 anos de idade. A primeira atividade que realizei, foi utilizando o uniforme da escola. A escola onde atuo adota uniforme escolar, que é composto por diversas peças: calça, bermuda, camiseta manga curta, camiseta manga longa e casaco. Levei estas peças para a sala de aula e pedi que cada um dos meus alunos as organizasse da forma que acha possível. Em seguida, que registrassem através de um desenho. Ao final, cada aluno apresentou aos colegas, realizamos a comparação e análise sobre as diversas possibilidades de combinação.
Outra atividade que realizamos em sala de aula, dentro do projeto de alimentação, foi que levei os alunos ao refeitório da escola. Lá havia pães diversos (sanduíche, francesa, integral), recheios (queijo, presunto, salame, lingüiça) e verduras (tomate, cenoura, alface). Cada um dos alunos montou o sanduíche que tinha vontade de comer; e, seguida, pedi que comparassem com um colega; cada aluno teve de mostrar e explicar o que utilizou para montar seu sanduíche. Após, cada aluno comeu seu sanduíche. Ao retornar a sala de aula, pedi que registrassem através de desenho a combinação no seu sanduíche.
Quanto à divisão, na sala de aula possuo muitos jogos, entre eles, existe um formado com diversas de peças diversas de montar e encaixar. Distribui os alunos em duplas e pedi que cada dupla fosse pegando, uma a uma, uma peça, até não sobrarem mais peças. A regra era que ao final todos os grupos tivessem a mesma quantidade de peças. Desta forma, distribuídas as peças, sobraram 4; questionei o que faríamos, já que todos os grupos deveriam ter as mesmas quantidades. Em seguida, deveriam informar quantas peças cada dupla possuía e utilizassem para montar algum objeto ou algo que fosse possível.
Outras possibilidades que utilizo, também, são na realização de jogos, quando estabeleço a quantidade de alunos por grupo; então, deixo os alunos se organizarem e formarem os grupos, sempre questionando os critérios utilizados.
Enfim, minha preocupação com os alunos do 1º Ano sempre é a da utilização de materiais concretos ou de jogos, porque dão sentido e significado para as ações, além de serem importantes para a construção do conhecimento, do pensamento matemático.
Enfim, são inúmeras as possibilidades de intervenção e de utilização de aspectos do cotidiano escolar dos alunos como pressuposto e subsídios para a construção do pensamento matemática. Acredito que a grande preocupação do professor, principalmente nos Anos Iniciais, deva ser a reflexão sobre sua prática docente para a construção dos conceitos matemáticos, sendo fundamental a utilização do concreto e dos jogos neste processo.

Quando os alunos interagem com materiais concretos e entre si, a aprendizagem passa a ter significado, contextualização, sentido; desta forma, a construção do pensamento lógico-matemático passa a ser possível para todos os alunos da turma, pois não exige memorização, resposta prontas, nem decorebas; dar sentido a ação docente é fundamental neste processo.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Memória e História: a fotografia em questão

Fonte: http://blog.emania.com.br/content/uploads/2015/07/fotografo-iniciante1.jpg


Vivemos num mundo em que as mudanças ocorrem de forma cada vez mais rápida. Às vezes, quando nos damos conta, acontecimentos já fazem parte do nosso passado.
Nossa sociedade capitalista cria diariamente muitas tecnologias que passam a influenciar em nossas vidas e das quais até por vezes nos tornamos dependentes.
A fotografia, como reflete Felizardo e Samain (2007) também evoluiu muito com o passar dos anos. Antigamente, as câmera possuíam filmes que poderiam levar dias até serem revelados; hoje, com as câmeras digitais, instantaneamente já podemos conferir as imagens. Qualquer pessoa pode se tornar um fotógrafo amador; até mesmo os celulares dispõem de câmeras com boa definição.
No entanto, nos acostumamos, alertam os autores, a manter as fotografias armazenadas em mídias diversas (CDs, DVDs, HDs), inclusive nas próprias câmeras digitas (ou dos celulares), cujas memórias são cada vez maiores ou utilizamos de cartões de memória. A rapidez com que podemos excluir aquelas que não nos agradam ou não nos interessam ou até mesmo a possibilidade de perder fotos que fazem parte de memórias importantes de nossa História, são o contraponto desta facilidade de registrar.
Perdeu-se o hábito de revelar e armazenar em álbuns (ou semelhantes) as fotografias, dando sentido e sequência à nossa história de vida ou acontecimentos que nos são muito importantes, seja de nossa memória individual ou coletiva.
Segundo Felizardo e Samain (2007, pág. 217)
[...] Fotografar significa congelar no tempo a nossa memória, atestar e perpetuar a nossa existência. [...] parar no tempo e no espaço algo que, para nós, tenha sido provavelmente importante ou simplesmente agradável, familiar, bonito atraente.
Isso não significa que esta evolução da fotografia seja negativo em nossa vida, mas sim que passa, no contexto atual, por uma nova forma de arquivar e guardar nossas memórias, nossa História.

FONTE:

FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia como objeto e recurso de memória. Discursos fotográficos. Londrina, v.3, n.3, p.205-220, 2007. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/1500/1246> Acesso em: dez. 2016.