Fonte: http://blog.emania.com.br/content/uploads/2015/07/fotografo-iniciante1.jpg
Vivemos num mundo em que as mudanças ocorrem de
forma cada vez mais rápida. Às vezes, quando nos damos conta, acontecimentos já
fazem parte do nosso passado.
Nossa sociedade capitalista cria diariamente
muitas tecnologias que passam a influenciar em nossas vidas e das quais até por
vezes nos tornamos dependentes.
A fotografia, como reflete Felizardo e Samain
(2007) também evoluiu muito com o passar dos anos. Antigamente, as câmera possuíam
filmes que poderiam levar dias até serem revelados; hoje, com as câmeras
digitais, instantaneamente já podemos conferir as imagens. Qualquer pessoa pode
se tornar um fotógrafo amador; até mesmo os celulares dispõem de câmeras com
boa definição.
No entanto, nos acostumamos, alertam os autores, a
manter as fotografias armazenadas em mídias diversas (CDs, DVDs, HDs),
inclusive nas próprias câmeras digitas (ou dos celulares), cujas memórias são
cada vez maiores ou utilizamos de cartões de memória. A rapidez com que podemos
excluir aquelas que não nos agradam ou não nos interessam ou até mesmo a
possibilidade de perder fotos que fazem parte de memórias importantes de nossa
História, são o contraponto desta facilidade de registrar.
Perdeu-se o hábito de revelar e armazenar em
álbuns (ou semelhantes) as fotografias, dando sentido e sequência à nossa
história de vida ou acontecimentos que nos são muito importantes, seja de nossa
memória individual ou coletiva.
Segundo Felizardo e Samain (2007, pág. 217)
[...] Fotografar significa
congelar no tempo a nossa memória, atestar e perpetuar a nossa existência.
[...] parar no tempo e no espaço algo que, para nós, tenha sido provavelmente
importante ou simplesmente agradável, familiar, bonito atraente.
Isso não significa que esta evolução da fotografia
seja negativo em nossa vida, mas sim que passa, no contexto atual, por uma nova
forma de arquivar e guardar nossas memórias, nossa História.
FONTE:
FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia
como objeto e recurso de memória. Discursos fotográficos. Londrina, v.3, n.3, p.205-220, 2007.
Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/1500/1246>
Acesso em: dez. 2016.
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