segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Refletindo sobre o Projeto Político Pedagógica da minha escola

Fonte: elaborado pelo autor


Partindo da leitura do texto de Sordi e Lüdke, sem o envolvimento das pessoas que fazem as mudanças acontecerem no real, reformas tendem a perder significado e podem exatamente prestar-se mais à manutenção das coisas como estão. O mesmo se aplica ao PPP da Escola, que é o norteador de todas as ações a serem realizadas a partir de um princípio da gestão democrática, visando a melhoria da educação com qualidade social.
Na prática vemos que muitas vezes esta participação é superficial e o PPP acaba se tornando um documento de gaveta, o que vislumbramos na maioria das escolas; além disso, os próprios professores o desconhecem.
O desafio é mobilizar a participação efetiva de toda a comunidade escolar e fazer com que o PPP seja efetivado na prática cotidiana da escola.
As autoras trazem a sugestão e a relevância da Avaliação Institucional participativa (AIP), que até está estabelecida nos regimentos, embora de forma precária e que infelizmente deixa de ser efetivada.
As autoras, na página 158, afirmam que o "PPP como documento torna-se letra morta", o que acontece na maioria de nossas escolas, sendo que muitas vezes nem os professores conseguem acesso.
Ainda, segundo estas autoras, é fundamental a adesão e o comprometimento dos diversos atores sociais da escola para que na prática tenhamos uma participação com "P" maiúsculo.
“Participar ativamente da vida da escola  envolve o sentir-se parte, o fazer-se presente na definição dos destinos das escolas,  comprometer-se com projetos de qualificação desta instituição” (pág. 157).

REFERÊNCIA
SORDI, Maria Regina Lemes de; LÜDKE, Menga. Avaliação Institucional Participativa em escolas de ensino fundamental: o fortalecimento dos atores locais.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Minha história docente: professor em formação

fonte: http://mglcom.com.br/blog/site/recursos/galeria/blog/15-10-2013_mglcom-professor-capa_m.jpg

Minha história de formação docente inicia pelo fato de ser filho de mãe professora e conviver desde pequeno no ambiente escolar participando com minha mãe. Natural de São Vendelino/RS, interior do estado, minha família sempre esteve ativamente participando das atividades escolares.
Minha primeira formação foi no curso Normal de Nível Médio (Magistério) com o qual passei a atuar nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, com experiência em duas redes municipais e na rede estadual de ensino. Logo após concluído o Normal, ingressei na Licenciatura em Física, fato que me tornou também professor dos Anos Finais e do Ensino Médio, tendo atuado em toda a Educação Básica (tive experiência na Educação Infantil – turma de 5 Anos – Jardim).
Em 2011 continuei minha formação no Mestrado em Educação na UFRGS, que concluí no segundo semestre de 2013 com Dissertação sobre Políticas de Formação Continuada Docente. Em agosto de 2015, ingressei no curso de Licenciatura em Pedagogia (PEAD) pela UFRGS visando aperfeiçoar minha formação pedagógica e desde segundo semestre deste ano de 2016, estou no Doutorado em Educação pela mesma Universidade.
Já atuei em 5 escolas, sendo 4 de Ensino Fundamental e uma de Educação Básica (Fundamental e Médio). Também atuei como Secretário Municipal de Educação, Cultura e Desporto em meu Município no período 2009/2016. Desta forma, enquanto estive professor docente em escola nunca participei propriamente da elaboração do PPP, visto que já estavam “prontos” quando ingressei nas redes e não foram reformuladas no período que estive atuando. A primeira ação que tomava quando ingressei nas escolas foi ler o PPP, regimento escolar e planos de estudo, visando conhecer a realidade de cada escola, seus documentos norteadores, para dali em diante articular o planejamento de minhas aulas. Sempre participei ativamente de eventos e reuniões das escolas, visando me integrar com toda a comunidade escolar e ser professor ativo com “pertencimento” a cada escola que lecionava.
Fui lidar com o PPP diretamente (elaboração/atualização) quando estive na gestão da Secretaria Municipal onde com as escolas da rede passamos pelo processo de elaboração e atualização dos PPPs de cada uma das escolas (até então havia UM PPP para todas as escolas); a partir daí, seguindo princípios e diretrizes vigentes, cada escola elaborou o seu próprio documento, com participação de todos os segmentos da comunidade escolar).
Vejo o PPP, assim como na bibliografia sugerida neste módulo, como o documento norteador e guia de todo o processo educacional da escola e dos segmentos nela envolvidos. Sua elaboração deve contar com toda a comunidade escolar.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Pensando os rumos da Educação Brasileira

fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjllaf2ulNelO0klxskkvs6kAdhvb4eKmC_Qx9hTTUWtHoOArCnsMN0H29NRb2-0jYwUgxAswqH-WEKAf_i89HB6eh6Hvutx_hSe5d4r1-JBg5Pa6ZY5-ikV1Bog1XBWwbeVy6ri5Drq4M/s1600/header-pensando-a-educacao+1010+x+300px.jpg



Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=CLhxOufPH6E

Temos três fontes de reflexão muito importantes para o contexto educacional brasileiro. 
Primeiro, a Professora Carmem Craidy dialoga sobre a MP do Ensino Médio, que vem na contramão de todas as conquistas educacionais dos últimos anos e das reflexões coletivas que vêm sendo feitas acerca da melhoria da qualidade da educação brasileira. Estamos retrocedendo, voltando a um passado que sempre condenamos, com um modelo de escola que forma para o mercado de trabalho (será?) e para o vestibular, que aumenta a diferença entre as pessoas (excludente), privilegiando a língua e o cálculos. O pior de tudo, voltamos a era de desvalorização do trabalho e da formação docente. Nos últimos anos avançamos muito na discussão sobre a importância da formação continuada docente (formação em serviço) visando repensar a prática docente e melhoria o processo de ensino-aprendizagem, deixando de lado um ensino conteudista e excludente, para tornar nossos educandos críticos e conscientes de seu papel de cidadãos transformadores da sociedade. Notório saber? É sério isso? Vamos voltar a época que qualquer um pode dar aulas sem a formação pedagógica? Será que posso ser médico ou engenheiro sem a devida formação? A MP do Ensino Médio desconsidera todo o trabalho democrático que vinha sendo feito no sentido de pensar a educação brasileira, torná-la de verdadeira qualidade social.
É isso também que vemos no debate com o professor Jose Pacheco da Escola da Ponte. Temos de pensar uma nova educação, uma nova escola, desvincularmos de velhas práticas de quando a escola foi criada; pensar numa nova relação entre as pessoas dentro da escola, de uma nova formação de nossos educandos, não para o mercado de trabalho, mas sim para a sociedade do conhecimento, da transformação.
Finalizando com o pequeno vídeo da Educação na Finlândia ficamos pasmos.....lá a carga horária é de no máximo 20 horas semanais, sem praticamente existir a lição de casa que todos os que apresentaram depoimento consideram ultrapassada, arcaica. Desde minha formação no Magistério aprendi que tema de casa é uma complementação da aprendizagem, não deve ser longo, também como não é necessário que haja todos os dias, em grandes quantidades. 
Aqui no Brasil se pensa cada vez mais em aumentar a jornada escolar, mas na minha opinião, sem estrutura e qualidade. Afinal, de que adianta ampliar de 4 para até 8 horas se os alunos farão a mesma coisa que já faziam nas 4 horas...será um retrocesso, onde se consolidará no estudante a ideia de que a escola não serve para muita coisa, é chata e nada interessante. Ouvir de um professor de Matemática da Finlândia que a primeira coisa que querem é ver os alunos sendo felizes, realmente faz questionar nossa prática docente, nossa práxis.....
E resta a pergunta: a educação no Brasil vai continuar sendo tratada por MP? Aonde vamos chegar? Chegaremos a algum lugar?
Entendo que nem precisamos pensar muito para ver o infeliz caminho do retrocesso que a Educação brasileira tende a seguir....
Como diz o professor Pacheco é hora dos professores invadirem as escolas, lutarem pela educação, caso contrário o notório saber de algum ultrapassará nossa formação pedagógica e nos tornaremos descartáveis, sem importância para a escola. É isso que queremos?

Fonte: http://files.pensando-em-educacao.webnode.com/200000000-bacddbbc72/50000000.jpg?ph=5fc2391f81




REFERÊNCIAS