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A Lei de Diretrizes e Bases da
Educação - LDB (nº 9.394/96) cria a
ideia de Gestão Democrática e de autonomia da escola. Quando trata da
autonomia, se refere às dimensões pedagógica, administrativa e financeira.
Nesta concepção coletiva de
democracia, pauta-se uma nova organização da escola, passando da situação em
que o gestor escolar tinha o empoderamento de decidir tudo verticalmente,
passando para uma visão de gestor escolar e de escola num processo vivenciado por
professor, alunos, funcionários e comunidade, numa nova concepção de
organização escolar pautada na solidariedade, que contribuiu para o
desenvolvimento do sentimento de pertencimento àquela escola.
Segundo Veiga (2017), a partir da
ideia da gestão democrática, foram criados mecanismos ou instâncias de
participação que contribuem para este empoderamento de cada um dos segmentos
que formam esta comunidade escolar.
Os mecanismos ou instâncias,
segundo a autora, amplamente discutidos e defendidos são:
- Eleição do diretor escolar: com a participação efetiva de todos, de forma paritária;
- Conselhos escolares: são fundamentais para o processo de descentralização e distribuição do poder, nesta representação dos diferentes segmentos da escola, contribui para o que segundo Paulo Freire defendia, empodera os participantes.
- Grêmio estudantil: os alunos com vozes para além da sala de aula e contribui para a formação de novas lideranças;
- Conselho de classe: instância mais avaliativa, dentro de uma concepção de avaliação formativa;
- Associação de pais, professores e funcionários.
Fonte: http://educacaointegral.org.br/wp-content/uploads/2015/04/assembleia-democracia-copy.jpg
Desta forma, cabe à escola o
desafio de conquistar sua autonomia (administrativa, financeira e pedagógica).
Veiga afirma que a gestão pedagógica é quem deve definir a administrativa.
Neste sentido, cabe à escola a
busca de parceria. Uma vez parte de um contexto social, a Educação é um ato
social, sendo importante que a escola vincule o conhecimento de sua realidade
social para que faça a intersecção com seu papel.
O professor também tem suas responsabilidades,
no sentido de ofertar uma educação com qualidade na sala de aula, aliada com o
projeto político-pedagógico da sua escola.
Face ao que foi anteriormente
exposto, olhando para minha prática docente e para a realidade da escola onde
atuo, vejo que há um longo caminho a percorrer e necessidade de muita mobilização
para concretizar a sua gestão democrática. Dos mecanismos ou instâncias
apontadas acima, tem-se presente na sua realidade somente o conselho de classe
e a associação de pais professores e funcionários. Há uma necessidade que
persiste no que diz respeito à derrubada de uma série de muros que ainda
impedem a relação mais coletiva na escola e a prática efetiva de uma gestão
democrática.
Fonte:
Entrevista de Ilma Passos de Alencastro Veiga para a TV Paulo Freire (2017).
Diego, bela reflexão...que possamos, aos poucos, ir derrubando cada um desses muros!
ResponderExcluirAbraços!
Tutora Renata Barcelos