domingo, 11 de junho de 2017

A Gestão Democrática da escola

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        A Lei de Diretrizes e Bases da Educação -  LDB (nº 9.394/96) cria a ideia de Gestão Democrática e de autonomia da escola. Quando trata da autonomia, se refere às dimensões pedagógica, administrativa e financeira.
      Nesta concepção coletiva de democracia, pauta-se uma nova organização da escola, passando da situação em que o gestor escolar tinha o empoderamento de decidir tudo verticalmente, passando para uma visão de gestor escolar e de escola num processo vivenciado por professor, alunos, funcionários e comunidade, numa nova concepção de organização escolar pautada na solidariedade, que contribuiu para o desenvolvimento do sentimento de pertencimento àquela escola.
     Segundo Veiga (2017), a partir da ideia da gestão democrática, foram criados mecanismos ou instâncias de participação que contribuem para este empoderamento de cada um dos segmentos que formam esta comunidade escolar.
     Os mecanismos ou instâncias, segundo a autora, amplamente discutidos e defendidos são:
  1. Eleição do diretor escolar: com a participação efetiva de todos, de forma paritária;
  2. Conselhos escolares: são fundamentais para o processo de descentralização e distribuição do poder, nesta representação dos diferentes segmentos da escola, contribui para o que segundo Paulo Freire defendia, empodera os participantes.
  3. Grêmio estudantil: os alunos com vozes para além da sala de aula e contribui para a formação de novas lideranças;
  4. Conselho de classe: instância mais avaliativa, dentro de uma concepção de avaliação formativa;
  5. Associação de pais, professores e funcionários.
Fonte: http://educacaointegral.org.br/wp-content/uploads/2015/04/assembleia-democracia-copy.jpg



    Desta forma, cabe à escola o desafio de conquistar sua autonomia (administrativa, financeira e pedagógica). Veiga afirma que a gestão pedagógica é quem deve definir a administrativa.
      Neste sentido, cabe à escola a busca de parceria. Uma vez parte de um contexto social, a Educação é um ato social, sendo importante que a escola vincule o conhecimento de sua realidade social para que faça a intersecção com seu papel.
       O professor também tem suas responsabilidades, no sentido de ofertar uma educação com qualidade na sala de aula, aliada com o projeto político-pedagógico da sua escola.
        Face ao que foi anteriormente exposto, olhando para minha prática docente e para a realidade da escola onde atuo, vejo que há um longo caminho a percorrer e necessidade de muita mobilização para concretizar a sua gestão democrática. Dos mecanismos ou instâncias apontadas acima, tem-se presente na sua realidade somente o conselho de classe e a associação de pais professores e funcionários. Há uma necessidade que persiste no que diz respeito à derrubada de uma série de muros que ainda impedem a relação mais coletiva na escola e a prática efetiva de uma gestão democrática.

Fonte:
Entrevista de Ilma Passos de Alencastro Veiga para a TV Paulo Freire (2017).

Um comentário:

  1. Diego, bela reflexão...que possamos, aos poucos, ir derrubando cada um desses muros!

    Abraços!
    Tutora Renata Barcelos

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