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Morin em seu texto destaca
que todo o conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão. Enfrentar este
problema é o papel que ele atribui a educação do futuro. Ela deve mostrar que não
há conhecimento que não esteja ameaçado destes riscos.
O conhecimento, afirma, é o
fruto da tradução/reconstrução por meio da linguagem e do pensamento, também sujeito
a erros.
Neste sentido, Morin aponta
que o desenvolvimento do conhecimento científico é um poderoso meio de detecção
dos erros e de luta contra as ilusões. Mas alerta, que ele não pode tratar
sozinho dos problemas epistemológicos, filosóficos e éticos.
À educação é possível a
identificação dos erros, ilusões e cegueiras. A racionalidade também é
corretivo, segundo o autor.
Os indivíduos conhecem,
pensam e agem segundo paradigmas inscritos culturalmente. Um paradigma pode, ao
mesmo tempo, elucidar e cegar, revelar e ocultar.
Há de se
reconhecimento na educação do futuro um princípio de incerteza racional,
segundo Morin.
Os modelos culturais também estão arraigados nas
concepções e é papel da educação romper (ou não) com este ciclo, a importância
da criticidade.
Morin aponta que o conhecimento
não é um espelho das coisas ou do mundo externo. Também, alerta para a estreita
relação entre afetividade e a inteligência. Em seu texto, afirma que cada mente é dotada
de um potencial de mentira para si próprio, esta marcada também por erros e
ilusões. Sem esquecer-se do papel da mente em selecionar lembranças que a ele
convém, realçar algumas ou apagar outras.
A educação é uma possibilidade de rompimento do ciclo vicioso, mas não esqueçamos que ele
afirma que a educação do futuro tem o princípio da incerteza racional.
REFERÊNCIA
MORIN, Edgar. As cegueiras do conhecimento: o
erro e a ilusão. In: MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do
futuro. 5ª ed., São Paulo: Cortez, 2002, p. 19-27.