domingo, 2 de julho de 2017

Refletindo sobre a avaliação

fonte: http://agendor-blog-uploads.s3-sa-east-1.amazonaws.com/2015/12/16103129/como-avaliar-o-desempenho-de-um-funcionario.jpg

      Falar em avaliação sempre é algo muito complexo, dinâmico. Existem muitas concepções e práticas de avaliação no cotidiano. Na escola, então, embora haja um sistema de avaliação normatizado pelo regimento escolar, pelo PPP, há diferentes concepções sendo praticadas neste ano.
        A avaliação sempre existiu e existirá. Afinal, ela é um ato permanente na nossa vida. De uma forma ou outra, estamos sempre refletindo sobre o que fizemos, planejando o que vamos fazer....
       Na escola, a avaliação deve ir além de atribuir uma classificação, nota ou conceito. Ela serve para refletirmos quem são os nossos alunos, acompanhar a construção do conhecimento de forma que atenta ao tempo e espaço de cada educando, tendo o cuidado de que todos aprendam. Ela tem a ver com o desenvolvimento intelectual e moral dos nossos alunos.
       O aluno precisa tornar-se aprendiz: agir muito, perguntar, interagir. Para o professor, a avaliação é um ponto de partida, um modo de escuta  (de si próprio e das crianças), o que ele quer e está fazendo com sua prática. Deve pensar como a criança pensa, mediar suas possibilidades cognitivas, pensar sobre seu pensamento.
    Este acompanhamento exige progressão, articulação das ações: propor, observar, introduzir, enriquecer, redirecionar.
      Avaliação é sempre uma relação dual: há o avaliador e o avaliado. De uma forma ou outra, o avaliador sempre interfere na vida do avaliado: diz se é ou não capaz de aprender, o promove como ser moral, intelectual. Assim, a autonomia está diretamente ligada à questão da avaliação.
     Ela deve ter por objetivo promover estratégias e oportunidades de aprendizagem, superando as dificuldades, um acompanhamento em benefício do alunos, baseados em princípios éticos. Observando, poderemos agir melhor enquanto educadores.
       Na escola onde atuo até que se chegasse a um consenso sobre o processo de avaliação, houve muitas discussões e proposições, pois muitas eram as visões, opiniões e resistências. No ciclo da Alfabetização (1º ao 3º Ano) temos uma avaliação expressa por meio de relatórios descritivos, onde o percurso e desenvolvimento do aluno é o foco, pautando na superação das suas dificuldades e transpondo os obstáculos para que todos aprendam. Claro, que na prática, nem sempre isso acontece, haja visto estarmos preso à práticas tradicionais que muitas vezes foram construídas em nossa história como avaliados pelo processo.
       Do 4º ao 9º Anos, a avaliação na escola é expressa por meio de notas, acompanhadas de relatórios. Nesta etapa, é possível muitas vezes observamos que os aspectos quantitativos muitas vezes prevalecem sobre os qualitativos e sobre a reflexão do processo de construção do conhecimento do aluno em seu todo.  Mas muito já se avançou quanto à avaliação, restando ainda superar algumas barreiras que insistem em permanecer. 

      É um processo que vai sendo aperfeiçoada em nosso prática docente, aliada ao nosso desenvolvimento profissional, interação, observação, aprendizagens e reflexão sobre a prática.

fonte: http://blog.kanitz.com.br/wp-content/uploads/2013/03/cloud-avalia%C3%A7%C3%A3o.jpg

Um comentário:

  1. Diego Parabéns! Teu blog é muito interessante, com reflexões significativas que evidenciam toda a tua trajetória e experiência em diferentes áreas ligadas à Educação. Em especial, nas interdisciplinas de Psicologia e de Organização a tua dedicação e comprometimento são exemplares! Grande abraço, tutora Josele.

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