quarta-feira, 18 de abril de 2018

Freire: da leitura do mundo à educação

Fonte: https://pedagogiaparaconcurseiros.com.br/category/paulo-freire/

      Paulo Freire nos ensina que é impossível fazermos a leitura isolada do mundo. Aponta que há um papel político e pedagógico neste processo, como a troca de saberes, a interlocução e o compartilhamento solidário. Daí resulta a existência de tantos mundos quantas leituras possíveis dele. É fundamental que esta leitura de mundo contextualize, geste e emoldure sentidos.
       A Pedagogia de Freire realça a necessidade de uma pedagogia crítica da alfabetização atenta à natureza contraditória da experiência e da voz dos sujeitos. Isso implica num projeto mais amplo de reconstrução social e política. Assinala para a redefinição da natureza e do trabalho docente, apoiados num ensino participativo, na escrita e na pesquisa coletivas e no planejamento democrático. Só assim é possível desenvolvermos uma pedagogia emancipadora.
      Para que isso ocorra, é fundamental que os professores compreendam a crise ideológica e política atual que envolve a finalidade da escola pública e nossa sociedade contemporânea, principalmente no momento atual que vivemos no Brasil, onde parece haver um recuo da democracia. Isso é apontado por Freire em sua teoria.
       Educar é um ato político que permite às pessoas o acesso ao conhecimento da sua realidade, dos seus direitos, de suas potencialidades. Para isso, é necessário desenvolver uma pedagogia libertária que veja a escola como um espaço de cultura, que planeje a escuta e a identificação dos saberes de todos. Isso possibilitará a compreensão de que realizar o projeto pedagógico numa escola é realizar um projeto político, com práticas de cidadania, parte de uma vida social que garanta a democratização deste espaço.

Referência
GIROUX, Henri. Excerto do texto "Alfabetização e 'empowerment' Político", Introdução do Livro "Alfabetização", de Paulo Freire e Donaldo Macedo
UNIVESP - História da Educação no Brasil - Aula 18 - Paulo Freire e sua proposta de ensino para jovens e adultos. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=s_3Gmoodpl4&feature=youtu.be> .

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Escola e organização social

Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/1650310/

      A educação e a escola sempre refletem a organização social a qual estão inseridas. Desta forma, mudanças na organização social afetarão diretamente a organização escolar. Os impactos reais sobre a escola também dependerão da organização política da sociedade.
     Neste sentido, historicamente percebemos que a fragmentação dos processos de produção resultou numa escola fragmentada, que de certa forma ainda está presente no nosso cotidiano. Organizada em turmas, regidas por disciplinas, que visavam transferir a maior quantidade possível de saberes prontos, numa dinâmica de cópia e repetição, que não possuíam muito significado na vida dos  estudantes, nem dos docentes. Resultava em saberes que não estavam à disposição de todos. Nem todos conseguiam aprender e ter sucesso escolar. Só os "melhores alunos", com os "melhores resultados", estavam aptos para a formação e preparados para o mercado de trabalho, nos melhores postos, na concepção desta época. A grande maioria ficava na massa trabalhadora, submetida a baixos salários e condições de trabalho e vida social.
      Com o passar dos anos, com o desenvolvimento da economia e a mudança no mercado de trabalho e na organização social, as regras de certa  forma se modificaram, também resultando na mudança da organização escolar. As tecnologias e seu avanço tiveram grande responsabilidade nesta transição ocorrida. Visando aumentar a competitividade, surgiu a necessidade de melhorar a mão-de-obra para o mercado de trabalho, nas instituições escolares, para que não houvesse a necessidade das empresas assumirem esta função.
    A competição passa a ser o mote da sociedade, onde quem tiver mais competências e dominar mais funções, tem garantido melhores postos de trabalho e premiação por resultados, resultando em prêmios e incentivos econômicos. Passou-se a valorizar o trabalho em equipe como forma de contribuir para o desenvolvimento da empresa e da sociedade, desde o planejamento até a execução. Além disso, o aperfeiçoamento constante e a qualificação garantem a polivalência e a multifuncionalidade.
      Esta forma de organização reflete também na escola, que passa a ter de repensar sua prática, visando à formação de sujeitos que saibam atuar em equipe e estejam preparados para o uso das tecnologias e os constantes desafios da sociedade e do mercado de trabalho, que mudam muito.
     Parece que as políticas passaram a buscar a melhoria da qualidade educacional, por meio das reformas educacionais. Passa-se a apontar a necessidade do compromisso dos professores para o sucesso na implementação destas políticas.
      Novos conceitos passam a integrar o cotidiano das escolas.Mas Santomé alerta que podem ter seus objetivos considerados dúbios: ao mesmo tempo em que apontam para a melhoria da qualidade educacional são orquestrados pelo mercado de trabalho e pela sociedade do conhecimento e da informação.



Referências:
JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.
SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e Interdisciplinaridade: o currículo integrado.


domingo, 15 de abril de 2018

O papel da escola sob olhares da Pedagogia de Freire

Fonte: http://nossacausa.com/forca-da-sociedade-civil-organizada-como-vetor-de-transformacao-social/


      A Pedagogia de Paulo Freire nos possibilita refletir sobre a importância da Educação no empoderamento dos sujeitos e na transformação social do nosso país.
      Um conceito muito importante para Freire, o EMPODERAMENTO, se constitui num ato social e político. Relacionado a potencialidade criativa, e ao mesmo tempo, ao desenvolvimento e potencialização das capacidades dos sujeitos, está intimamente ligado à conscientização: une consciência e liberdade. Ou seja, à medida que as pessoas desenvolvem sua conscientização, atingem sua libertação.
      Freire e sua teoria são profundamente otimistas. Defende a possibilidade e a necessidade da mudança na escola,  uma vez que ela tem importante papel na transformação social. Esta mudança é ao mesmo tempo política e pedagógica, pois a escola é o lugar de luta e de esperança; por isso deve ser de qualidade e para todos.
      A Pedagogia de Freire propõe uma educação humanizadora-libertadora, com base no diálogo e na dialogicidade, categorias centrais de um projeto pedagógico crítico. Neste sentido, é a forma propulsora do pensar crítico-problematizador, uma práxis social comprometida com o processo de humanização. Ainda, segundo Freire, a educação começa pelo exemplo do educador.
      Neste contexto, devemos ir além de uma educação bancária, que é alienada e alienante, em direção a uma educação libertadora, para libertar os sujeitos  da opressão. Desenvolver sujeitos críticos que comparam, com dúvidas, curiosos. Ou seja, sujeitos conscientes. Assim, ele propõe um ato de alfabetização que dialogue permanentemente com a realidade dos educandos, como um ato de criação e recriação. Por isso, ele afirma que a educação é um ato de conhecimento.
      Faz-se necessário a recuperação do sentido e da função da escola pública, como esferas públicas democráticas, com práticas de alfabetização crítica, processo indispensável na formação do indivíduo e da sociedade, com solidariedade democrática e com justiça social.

Referências
GIROUX, Henri. Excerto do texto "Alfabetização e 'empowerment' Político", Introdução do Livro "Alfabetização", de Paulo Freire e Donaldo Macedo
STRECK, Danilo R; REDIN, Euclides Redin, ZITKOSKI, Jaime José.Verbetes do Dicionário Paulo Freire.  Dicionário Paulo Freire. Belo Horizonte: Autêntica Editora. 


terça-feira, 10 de abril de 2018

Reflexões sobre o ensinar e aprender: o aluno em foco

fonte: http://www.conversaemacao.com.br/ensino-aprendizagem-como-o-seu-aluno-aprende/

Atualmente nos preocupamos em proporcionar que todos os nossos estudantes aprendam, tendo respeitados seu ritmo e tempo para isso. Procuramos diversificar nossa prática docente, permitindo que os alunos aprendam, não mais preocupados em ter um único modelo de ensino cujo objetivo é ensinar o máximo para que os alunos aprendam.
Comênio já tinha a preocupação em respeitar o tempo de cada um, partir de conhecimentos prévios e da realidade como instigadoras de aprendizagem. Ainda, ultrapassar a estrutura rígida de ensino-aprendizagem, para tornar o ambiente dinâmico e que desperte o interesse dos alunos.
Entendo ser o que buscamos hoje em dia em nossas instituições escolares, quando vamos além do espaço oferecido nas salas de aula, para a utilização de outros e diversos recursos e ferramentas que colaborem neste processo. Ainda, vejo que oferecemos mais autonomia para que os próprios estudantes sejam protagonistas de sua aprendizagem, que interajam, busquem, pesquisem e experimentem.
É importante apontarmos que ainda existe uma estrutura rígida e certa resistência por parte de nós professores, porque implica em desacomodação, em repensar nossa prática docente e planejar nossas aulas com objetivos muito claros do que buscamos.
Na minha prática docente busco integrar os alunos na organização das atividades, no planejamento de aulas, na sugestão de formas de interagirmos e desenvolver, sempre que possível, atividades mais práticas.
O uso das tecnologias da informação e comunicação (internet, computadores, celulares) também é importante porque fazem parte da cultura e do cotidiano dos nossos estudantes. Eles têm acesso a variadas informações, de forma instantânea e dominam muito bem estas tecnologias. Entendo que são ferramentas fundamentais e que devem ser exploradas como recursos para a construção do conhecimento.
Mas confesso que nem sempre isso é fácil ou conseguimos. Embora também tenham muita importância, muitas vezes ficamos presos aos livros e outros materiais didáticos que estão à nossa disposição na escola, o que nem sempre possibilita despertar em nossos estudantes o prazer por aprender e descobrir mais.
Neste sentido, percebo no cotidiano escolar elementos da pedagogia de Comênio. A questão da relação professor/aluno, que também considero fundamental para o processo de ensino aprendizagem, pois nem sempre há uma boa relação instituída no ambiente escolar, o que reflete de forma negativa no processo.
Ainda, valorizar os conhecimentos e experiências dos estudantes, respeitar seu tempo de aprender, seu ritmo, buscando que todos aprendam e utilizando estratégias diversificadas para garantir que isso se efetive.

Referência:
DOLL, Johannes; ROSA, Russel Teresinha Dutra da. A metodologia tem história. In: _______ (orgs.). Metodologia de Ensino em Foco: práticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS, 2004, p.26-29


segunda-feira, 9 de abril de 2018

Refletindo sobre a Didática

Fonte: http://novosalunos.com.br/a-importancia-da-inovacao-no-ensino-e-aprendizagem-dos-alunos/



     O estudo da Didática e as teorias sobre o ensinar e aprender buscam efetivamente fornecer subsídios para a aprendizagem de todos.
     Olhando para os escritos de Comênio, percebemos que já no século XVII preocupava-se numa forma de que todos pudesse aprender, de maneira agradável e de forma sólida.
      Isso quer dizer, que o aprender deveria ser algo de interesse, que motivasse os estudantes. Ainda, que as aprendizagens fossem pilares fundamentais para a vida de cada um.
     Além disso, Comênio afirmava que caberia à Didática fornecer meios  que permitissem que os professores ensinassem a todos e que todos aprendessem. Por isso na sua obra referia-se à Didática como "a arte de ensinar".
     Ora, este é um desafio que ainda temos nos dias de hoje. Embora tenhamos avançado muito na compreensão de como os educandos aprendem, cada um a seu tempo e ritmo, ainda insistimos em utilizar a quantificação e classificação como caminhos a serem buscados.
     Ainda ensinamos todos da mesma maneira esperando que todos aprendam. A Escola ainda tem o desafio de repensar sua estrutura fundada no século passado.
    Nós professores precisamos repensar nossa prática docente visando diversificar os recursos e estratégias de aprendizagem.
      No Brasil, atualmente, gastamos muito tempo com as questões de "ordem" em nossas instituições, que são um preciso espaço de tempo que deixamos de propiciar que nossos estudantes sejam protagonistas da construção do seu conhecimento.
     Mas a responsabilidade não é só das escolas e docentes. As instituições formadoras e os governos devem garantir o sucesso das políticas educacionais visando atingirmos a almejada educação com qualidade social.

Referências
COMÉNIO, João Amós. Didácta Magna: tratado da arte de ensinar tudo a todos. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996. 525 p. 

domingo, 8 de abril de 2018

Refletindo sobre a EJA, seus conceitos e suas funções

Fonte: https://educamaisbrasil2015.com.br/eja-2018/

Os conceitos e funções da Educação de Jovens e Adultos são: função reparadora, equalizadora e qualificadora.
A função reparadora tem a ver com reparar a realidade, considerando uma " dívida inscrita em nossa história social e na vida de milhares de indivíduos". É permitir o acesso a direitos anteriormente negados,  ligados ao acesso a escola e a uma educação com qualidade, além do reconhecimento de uma igualdade ontológica de  todo e qualquer ser humano.
Ela teve origem a partir de um direito negado pelas elites que sempre dominaram o país historicamente: a educação escolar dos negros escravizados, índios reduzidos, caboclos migrantes, trabalhadores braçais e outros.
Ainda hoje dados oficiais apontam a dívida histórica do país a este grupo de desfavorecidos que tiveram um direito muito importante negado por muito tempo na história. A reparação disso é reconhecida como um dos próprios fins da EJA, reconhecendo o advento para todos deste princípio de igualdade.
A função equalizadora está diretamente associada a todos aqueles que não tiveram uma adequada correlação idade/ano escolar em seu itinerário educacional e nem a possibilidade de prosseguimento de seus estudos.
Esta função deve dar conta de trabalhadores e outros segmentos como donas de casa, imigrantes, aposentados e encarcerados.
Seu objetivo reside na reentrada no sistema educacional devido a uma interrupção forçada, associada a repetência ou à evasão, às desigualdades de permanência ou outras condições adversas.
Para tanto, faz-se necessário a abertura de mais vagas para todos estes demandantes desta oportunidade de equalização.
A educação é uma condição necessária para o exercício da cidadania na sociedade contemporânea que cada vez mais exige o desenvolvimento de competências e habilidades. Desta forma, a EJA é uma possibilidade de efetivação de um caminho de desenvolvimento para todas as pessoas, de todas as idades. Permite, ainda, atualização dos conhecimentos, mostra de habilidades, troca de experiências e acesso a novas regiões do trabalho e da cultura.
A função qualificadora tem como objetivo propiciar a atualização de conhecimento por toda a vida, sendo considerada o próprio sentido da EJA.
Ela tem por base o caráter incompleto do ser humano cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode ou não pode se atualizar nos quadros escolares. Implica numa educação permanente e a criação de uma sociedade educada para o universalismo, a solidariedade, a igualdade e a diversidade.
Esta função pode ser o caminho de novas descobertas das potencialidades de cada um: o poder de qualificar, se requalificar e descobrir novos campos de atuação como realização de si.
Sendo assim, os desafios são grandes, porém não são impossíveis.
Temos de pensar em muitos aspectos quando nos referimos à EJA, como as leituras nos possibilitaram refletir. Primeiro, pensar num currículo específico para esta modalidade, uma vez que não pode ser uma extensão da estrutura já utilizada nas classes regulares.
Segundo, a abertura de novas vagas e o investimento para que as políticas públicas vigentes deem conta de acolher todo o público-alvo da EJA para quem foram pensadas, permitindo que efetivamente tenham acesso a escolarização e ao desenvolvimento de competências e habilidades que permitam seu contínuo desenvolvimento social.
Outro aspecto muito importante é quem hoje é atendido pela EJA e quem ainda não tem acesso a esta modalidade. Criar condições de acesso e permanência são condições fundamentais para o êxito das políticas públicas e das funções reparadora, equalizadora e qualificadora da EJA.

Referências:
PARECER CEB Nº 11/2000. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Linguagem e desenvolvimento: um olhar sobre teorias

fonte: http://www.plataformadoletramento.org.br/em-revista/974/site-aprender-linguagem-0-5-anos.html


As questões ligadas a linguagem e ao desenvolvimento dos sujeitos foram explicadas de formas distintas, desde o início das primeiras pesquisas e teorias que foram formuladas sobre estas questões.
De acordo com Silva (2010), a história da linguagem é envolta de especulações e histórias.
Para se ter uma noção de sua importância, no século XIX, foram realizados experimentos que envolviam os filhos de linguistas e estudiosos do assunto.
No século XX, a teoria Behaviorista, cujo principal nome era Skinner, defendia que a linguagem era uma característica inata, onde a seu aprendizado decorria principalmente da imitação dos adultos e do reforço.
Assim, a tríade estímulo-resposta-reforço era a explicação que se dava para a aquisição da linguagem. Nesta teoria, tinha-se uma visão de uma criança passiva.
Esta teoria foi contraposta com o desenvolvimento da neurociência e o desenvolvimento dos estudos linguísticos.
Outra teoria cujo teórico era Chomsky era conhecida com Gerativismo. Segundo esta teoria, a criança nasce pré-programada influenciada por fatores biológicos e cognitivos, o que explica o fato de afirmarem que a linguagem era inata ao ser humano.
Anos mais tarde esta teoria foi confrontada pelo construtivismo e pelo interacionismo, cujo principal teórico era Vygotsky.
Esta teoria era fundada na dimensão sócio-histórica e na interação entre os sujeitos, desta forma a linguagem é considerada ao mesmo tempo um processo pessoal, um processo social e um instrumento complexo.
Atualmente, associamos o interacionismo a seu principal teórico, Vygotsky. Esta teoria contribuiu muito para o desenvolvimento infantil, para o conhecimento da aprendizagem em sociedade e para os estudos sobre desenvolvimento do pensamento e da linguagem.
Hoje sabemos que cada criança aprende ao seu tempo e espaço e as contribuições das principais teorias pedagógicas foram fundamentais para o desenvolvimento dos estudos de como a criança aprende. 


fonte: http://psicopedagogiacaeda.com.br/servicos/transtorno-do-desenvolvimento-da-linguagem/


Referência
SILVA, Samanta Demétrio da. Aquisição da linguagem. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/aquisicao-da-linguagem/43208#ixzz59HvSxZXo>. Acesso em: mar 2018.

terça-feira, 3 de abril de 2018

O uso pedagógico das tecnologias

fonte: http://www.cidademarketing.com.br/2009/blog/mercadologia/236/instituto-claro-lana-cartilha-tecnologias-na-escola-.html

       Nossa escola, embora situada no século XXI, mantém práticas arraigadas à época da sua criação. Ainda temos um sistema extremamente rígido, seriado e classificatório, onde a lógica da avaliação enquanto classificação ainda prevalece sobre a aprendizagem.
      Vivemos numa época em que as tecnologias são parte constituinte da vida de todos. Desde pequenos, já somos expostos a elas, seja no contato com telefones celulares que executam funções que vão muito além de fazer ligações ou enviar mensagens, até computadores ou outros que são facilmente dominados, principalmente pelas crianças, que geralmente aprendem mais rapidamente a fazer seu uso.
    O desafio está posto para a Educação. Embora as Tecnologias da Comunicação e Informação (TIC) terem sido introduzidas nas instituições escolares, meio que à força, sem necessariamente ser da vontade destas e dos docentes, ainda são postos desafios que necessitam ser transpassados para que elas façam parte realmente do processo de construção do conhecimento, com novas e infinitas possibilidades.
      Primeiro, temos de pensar na infraestrutura de TODAS AS ESCOLAS do Brasil. Ainda encontramos muitas escolas que não possuem sequer um laboratório de informática ou acesso à internet que possibilite o uso educacional. 
      Segundo, a manutenção destes equipamentos e sua substituição. Grande parte das escolas foi contemplada com diversos equipamentos tecnológicos e carecem de sua substituição.
      Terceiro, incorporar à prática dos docentes o uso das tecnologias como novas possibilidades de ensinar e de aprender. Elas demandam mais tempo e planejamento, o que muitas vezes desestimula os professores a utilizarem, haja visto que estão sobrecarregados de tarefas burocráticas, jornadas exaustivas e número elevado de alunos por turma. Também temos de apontar certa resistência por parte de muitos docentes que foram formados de forma tradicional, o que resulta em dificuldades de mudança de suas práticas.
       Mas as possibilidades são infinitas. Comecemos utilizando os conhecimentos que os próprios alunos já possuem das diversas tecnologias, que vão desde um celular com acesso à internet a outros equipamentos (notebook, computadores etc.).
      Outra possibilidade reside no planejamento em rede, quando reunir os professores na escola e planejar as finalidades e usos educativos que as tecnologias possibilitam.
      Cabe aos mantenedores das diversas redes, a necessidade de investir na formação continuada dos professores e na oferta de infraestrutura às escolas.
       Cabe a nós, docentes, a mudança de nossa prática docente.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Reflexões iniciais sobre a Educação de Jovens e Adultos

Fonte: http://educamaisbrasil.blog.br/eja-2018/


     Chegamos a mais um semestre do PEAD. Novos conceitos, novas aprendizagens.
         Vamos lançar um olhar dedicado à Educação de Jovens e Adultos (EJA). 
     A EJA, historicamente, acolhida pelas diversas políticas educacionais, atendeu a objetivos e visões específicas.
       Inicialmente criada com o objetivo de qualificar a mão-de-obra para o pleno desenvolvimento industrial do país, atendia um público-alvo que hoje em diante está bem diferente.
          Novas gerações, diferentes contextos.
       Pensada como uma modalidade para atender aqueles que não tiveram o acesso a educação escolar na idade considerada apropriada, motivada por diversas questões sociais (pobreza, necessidade de trabalho, gravidez, acesso etc.), hoje podemos falar numa nova "roupagem" da EJA.
        É comum observarmos em sua maioria jovens, adolescentes e até adultos que abandonaram a escola ou, ainda, aqueles que foram passados para a EJA por razões diversas (reprovações, dificuldades de aprendizagem etc.).
       É fato que a EJA se constitui como uma modalidade muito importante e necessária para o Brasil, onde ainda prevalecem distorções e disparidades muito grandes.
      Muitos são os desafios, mas é fundamental pensarmos nos contextos e organização da EJA para atender o público-alvo e dar conta desta grande demanda educacional e social do nosso país.

domingo, 1 de abril de 2018

A escola e as tecnologias

fonte: https://www.slideshare.net/vuldembergue/tecnologia-na-escola-5596693


       Atualmente estamos imersos na sociedade em que as informações se atualizam rapidamente e novas tecnologias são criadas com muita rapidez. Todas estas questões têm reflexo imediato no ambiente escolar.
      Embora a escola tenha demorado mais tempo para se apropriar das tecnologias para delas fazer seu uso pedagógico, atualmente é possível desconectar as tecnologias de aprendizagem.
        Percebemos que muitos professores ainda têm muitas dificuldades em fazer o uso pedagógico das tecnologias. Primeiro, porque a maioria é de uma geração em que não existiam as tecnologias que hoje estão disponíveis e necessitam (re)aprendê-las. Segundo, um planejamento mais elaborado para dar finalidade pedagógica às tecnologias e seu uso com os alunos.
         Se olharmos para nossa História, percebemos que em diferentes épocas e contextos, cada um a seu tempo, existiam instrumentos que serviam para as finalidades, de acordo com o período histórico.
       É claro que atualmente existem muito mais opções que estão disponíveis, cabe a nós docentes nos adaptarmos e fazermos seu uso pedagógico.
         E nossas escolas, estão aproveitando as tecnologias? E nós professores?
         Cabe a cada um fazer uma reflexão......