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Refletindo sobre o ensino de História vem à mente
alguns aspectos que nos fazem refletir. Lembro-me, com mais vigor, de minha
trajetória enquanto estudante de 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental.
Até a 7ª série lembro que usávamos um livro
didático. Na sala de aula líamos os textos, a professora explicava, fazíamos
uma lista de exercícios diversos e, em seguida, era o dia marcado para a prova.
Lembro-me que estudava, no estilo mais decoreba, do que de entendimento, embora
gostasse de estudar História. As minhas professoras nesta etapa não eram
habilitadas especificamente neste área, o que pode explicar o modelo de ensino
baseado em leitura, decoreba e avaliações com ênfase em provas e alguns
trabalhos.
Já na 8ª série tive a oportunidade de ter aulas
com uma professora licenciada em História, que tinha prazer em explicar, sabia
cativar e nos encantar pelo estudo desta disciplina. Embora o sistema de
avaliação fosse o mesmo dos demais, via como um diferencial suas aulas.
Exatamente sobre esse ensino de História que Elza
Nadai aponta o esgotamento atual deste modelo. Ela aponta uma relação negativa
com os alunos, que não gostam de estudar a História, em função deste modelo
baseado na decoreba, no ensino tradicional, como se o conhecimento estivesse
pronto e acabado. Pode-se dizer, que a partir da década de 90, segundo Nadai, o
ensino da História viveu uma conjuntura de crise.
Entendo que nesta questão residem aspectos
fundamentais: a formação do professor e a mudança da prática pedagógica em sala
de aula.
Os cursos de formação docente precisam repensar o
professor que estão formando, o modelo de formação e pautar na formação de um
docente criativo, dinâmico e que instigue seus alunos. O desafio do professor é
repensar sua prática, investir no ensino com ênfase na pesquisa, empregando
projetos de aprendizagem, onde o papel de investigador seja desempenhado pelo
aluno. O docente passa a ser um mediador e o aluno o sujeito que busca,
pesquisa, aprende.
Referência:
NADAI, Elza. O
ensino de história no Brasil: trajetória e perspectiva. Revista Brasileira de História. São
Paulo, v.13, n.25/26, p.143-162, set.92/ago.93.
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