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A
questão de entender a construção do conhecimento e o desafio para que o docente
domine este assunto e tenha uma prática que vise transformar a escola num
espaço de interação, curiosidade, aprendizagem, desafiante para os alunos, é
mote de qualquer formação profissional de professores.
O
grande desafio, como aponta Fernando Becker, é que a escola precisa transformar-se cada
vez mais em laboratório e cada vez menos em auditório.
Ainda temos como práticas predominantes a transmissão do conhecimento, numa escola
fundada no século passado, que ainda se encontra presa à sua época de criação.
Esta constatação fica clara quando o professor Becker afirma que continuamos
copiando e repetindo na escola.
Tanto Becker quando La
Taille trazem os estudos de Piaget e a Psicologia do Desenvolvimento para
tratar sobre a importância de compreender como se dá a construção do
conhecimento e o desenvolvimento dos educandos, a interferência do tempo de vida, nos processos da criança
(conhecimento, socialização, progresso, adquirir competências, e como vão se
transformar ao longo da vida).
Marques
também destaca a importância da teoria de Piaget e dá importância que ela dá
para entender como surge o conhecimento humano.
Os autores acima
utilizam a teoria de Piaget e da Epistemologia Genética como forma de
compreender como se dá a origem e desenvolvimento do conhecimento. Trazem em
suas falas e textos a menção aos estágios do desenvolvimento cognitivo
propostos por Piaget em sua teoria. Tratam-se de fases do desenvolvimento das
funções cognitivas da inteligência, do pensamento. O desenvolvimento se dá por
etapas, sendo que há superação de fases anteriores, podendo acontecer de certos
estágios não serem alcançados. Não significa que todas as pessoas passem por todos os
períodos; para sabermos em que período se encontra, é necessário saber como a
pessoa pensa.
Somados aos autores acima, Lino de Macedo traz importante
contribuições acerca do construtivismo, segundo o qual o conhecimento só tem
sentido enquanto uma teoria da ação, da ação que produz este conhecimento.
Segundo o autor, para se pensar numa escola construtivista, é fundamental
abarcar vários aspectos, que passam pela postura do professor, dos materiais do
ensino, da disciplina na sala de aula e do processo de avaliação escolar.
[...] O grande
desafio do educador, amparado pelas contribuições teóricas da Epistemologia
Genética, é formular perguntas capazes de gerar as perturbações necessárias
para provocar o interesse do aluno. (MARQUES, 2008)
Referências
BECKER, Fernando. Escola mais laboratório e menos auditório. Disponível
em: < https://www.youtube.com/watch?v=xjfKBGIHPjs>. Acesso em: out. 2017.
Introdução à
Psicologia do Desenvolvimento. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=7GEV7HOsETM>. Acesso em: out. 2017.
MACEDO, Lino de. O construtivismo e sua função educacional.
MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Epistemologia Genética. In:
SARMENTO, Dirléia Fanfa; RAPOPORT, Andrea e FOSSATTI, Paulo (orgs). Psicologia
e educação: perspectivas teóricas e implicações educacionais. Canoas:
Salles, 2008. p.17-26
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