quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Refletindo sobre a escola e a construção do conhecimento



fonte: http://www.extelviraramos.com.br/uploads/Prop_Ped/proposta_pedagogica.png



A questão de entender a construção do conhecimento e o desafio para que o docente domine este assunto e tenha uma prática que vise transformar a escola num espaço de interação, curiosidade, aprendizagem, desafiante para os alunos, é mote de qualquer formação profissional de professores.
O grande desafio, como aponta Fernando Becker, é que a escola precisa transformar-se cada vez mais em laboratório e cada vez menos em auditório. Ainda temos como práticas predominantes a transmissão do conhecimento, numa escola fundada no século passado, que ainda se encontra presa à sua época de criação. Esta constatação fica clara quando o professor Becker afirma que continuamos copiando e repetindo na escola.
Tanto Becker quando La Taille trazem os estudos de Piaget e a Psicologia do Desenvolvimento para tratar sobre a importância de compreender como se dá a construção do conhecimento e o desenvolvimento dos educandos, a interferência do tempo de vida, nos processos da criança (conhecimento, socialização, progresso, adquirir competências, e como vão se transformar ao longo da vida).
Marques também destaca a importância da teoria de Piaget e dá importância que ela dá para entender como surge o conhecimento humano.
Os autores acima utilizam a teoria de Piaget e da Epistemologia Genética como forma de compreender como se dá a origem e desenvolvimento do conhecimento. Trazem em suas falas e textos a menção aos estágios do desenvolvimento cognitivo propostos por Piaget em sua teoria. Tratam-se de fases do desenvolvimento das funções cognitivas da inteligência, do pensamento. O desenvolvimento se dá por etapas, sendo que há superação de fases anteriores, podendo acontecer de certos estágios não serem alcançados. Não significa que todas as pessoas passem por todos os períodos; para sabermos em que período se encontra, é necessário saber como a pessoa pensa.
Somados aos autores acima, Lino de Macedo traz importante contribuições acerca do construtivismo, segundo o qual o conhecimento só tem sentido enquanto uma teoria da ação, da ação que produz este conhecimento. Segundo o autor, para se pensar numa escola construtivista, é fundamental abarcar vários aspectos, que passam pela postura do professor, dos materiais do ensino, da disciplina na sala de aula e do processo de avaliação escolar.
[...] O grande desafio do educador, amparado pelas contribuições teóricas da Epistemologia Genética, é formular perguntas capazes de gerar as perturbações necessárias para provocar o interesse do aluno. (MARQUES, 2008)

Referências
BECKER, Fernando. Escola mais laboratório e menos auditório. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=xjfKBGIHPjs>. Acesso em: out. 2017.
Introdução à Psicologia do Desenvolvimento. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=7GEV7HOsETM>. Acesso em: out. 2017.
MACEDO, Lino de. O construtivismo e sua função educacional.
MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Epistemologia Genética. In: SARMENTO, Dirléia Fanfa; RAPOPORT, Andrea e FOSSATTI, Paulo (orgs). Psicologia e educação: perspectivas teóricas e implicações educacionais. Canoas: Salles, 2008. p.17-26

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