Refletindo sobre a escola

Fonte: http://gestaoescolar.abril.com.br/img/gestao-escolar/gestao3-capa1g.gif
A reflexão dos textos retoma que a escola foi criada como forma de reprodução dos ideais da igreja, do pensamento da classe dominante e com objetivos de manter o ordenamento social.
Se nos determos no Estudo da História da Educação, podemos verificar alguns dos fatores que justificam o modelo de escola ainda presente hoje.
A educação brasileira que tenta evoluir com a melhora dos índices tem sua origem na evolução da escolarização e educação brasileiras. A necessidade de investimento de recursos públicos, sempre aquém do realmente necessário, moldaram uma escola em constante dificuldades, cujas origens históricas ainda interferem na sua evolução. Temos hoje, no século XXI, uma escola que foi criada e pensada especialmente nos séculos XIX e parte do XX, que não acompanhou a evolução tecnológica dos últimos anos.
Somente no final da década de 90 é que atingimos a universalização do Ensino Fundamental e ainda não conseguimos dar conta da demanda da Educação Infantil e também do Ensino Médio, este último com alto índice de evasão e reprovação escolar. A formação dos professores também está imbricada num modelo do século passada, onde a maioria dos docentes tem como reflexo sua formação escolar e acadêmica, privilegiando um ensino tecnicista e conteudista. Os desafios são muitos, mas barreiras são transponíveis.
A partir da minha prática docente na EJA realizada neste segundo semestre de 2018, inicialmente tratei de realizar observações na turma, para conhecê-la melhor, assim como a prática docente, para fins de poder planejar minha ação docente durante o estágio do PEAD. O que pude observar, é uma escola ainda estruturada tradicionalmente, com práticas de transmissão de conteúdos aos estudos, sentados enfileirados, desconexa a maioria das vezes da vida e realidade destes estudantes. Ainda mais por se tratar da EJA, que tem um público diferenciado das classes regulares, sendo sujeitos que voltaram a estudar. As aulas tornavam-se cansativas, massantes, pois resumiam-se em aprender mediante cópia do quadro e realizar exercícios sobre o determinado conteúdo.
Este é um desafio ainda muito presente na escola da atualidade, onde muitas vezes docentes ficam presos às práticas tradicionais ou o livro didático é seu guia de cada aula, não havendo uma flexibilidade ou mudança na prática docente. É de repensarmos a estrutura da escola, com as diversas possibilidades que atualmente temos à nossa disposição, como o uso das tecnologias, entre outros.
Referências
NUNES, Clarice. (Des)Encantos da modernidade pedagógica.
VARELA, Julia., ALVAREZ-URIA, Fernando. A Maquinaria escolar. Teoria & Educação. São Paulo, n. 6, p.68-96, 1992.
Nenhum comentário:
Postar um comentário