quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Refletindo sobre minha prática na Educação Matemática: espaço e fomra

fonte: https://estudokids.com.br/wp-content/uploads/2015/09/aprendendocomosblocoslogicos.jpg


Aprender a se localizar no espaço e a percepção sobre formas é fundamental para as crianças. Vivenciar atividades trabalhando estes conceitos deve ser iniciado na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Minha experiência docente limita-se ao Ensino Fundamental e Médio, não tendo atuado na Educação Infantil.
Na minha sala de aula atuo com o 1º Ano. Pauta minha prática na utilização de materiais concretos para que os alunos possam manuseá-los, o que contribui significativamente para a sua aprendizagem.
Um material excelente que exploro muito com os alunos são os blocos lógicos, onde busco trabalhar as diversas formas, cores e tamanhos. No manuseio com o material (que é de madeira). É possível agrupar os blocos por cores, formas, entre outras possibilitas.  Quando estão manuseando o material, peço aos alunos que formem figuras ou objetos com diferentes peças. A própria ação de reagrupar os blocos na caixa requer dos alunos organização, pensamento e classificação, para que todo o material caiba na caixa.
Outro material que utilizo com meus alunos é a escala cusenaire, formada por barrinhas de madeira de diversas cores e tamanhos, onde também peço que formem figuras ou objetos com o uso das barrinhas.
Para localização no espaço, a primeira atividade que realizo com meus alunos no início do ano letivo é a localização dentro do espaço da escola. Ando com os alunos por todas as dependências da escola, pátio, salas, já conversando com eles sobre a localização (cima/baixo, direita/esquerda, perto/longe, etc.). De volta sala de aula, realizamos a construção de uma maquete simples (utilizando materiais de reuso).
Outra atividade que realizei, aproveito o uso de netbooks educacionais que a escola recebeu do Governo. Cada aluno tem o seu net para utilizar na escola. O netbook tem um aplicativo denominado “Childsplay_sp”, que o jogo aponta a palavra e as letras ficam espalhadas dentro de um labirinto. Os alunos devem utilizar o teclado do computador e movimentar pelo labirinto em busca das letras para formas as palavras, respeitando a ordem correta para a formação da palavra.
Com a leitura dos textos propostos, percebo que minha prática está de acordo com a proposta, que destaque o uso de recursos disponíveis no ambiente dos alunos, exploração de material concreto.
Aprender precisa ter sentido para os alunos. Para aprender a Matemática de forma prazerosa, é fundamental pensar uma prática com a utilização de material concreto e jogos didáticos, visando despertar nos alunos o interesse em aprender, desfazendo-se da ideia de que a Matemática é um “bicho-papão”, difícil de aprender.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Fazendo Mais Educação com Qualidade

fonte: http://www.saovendelino.rs.gov.br/noticias/index/148/

Quero dedicar esta minha postagem para comentar e comemorar mais um bom resultado, aliás, um bicampeonato.
Por dois mandatos, há quase 8 anos, venho exercendo a função de Secretário Municipal de Educação, Cultura e Desporto de São Vendelino, um dos menores municípios do nosso Estado.
Com a experiência de professor, aceitei este desafio de ser gestor da educação municipal. Investimentos fortemente na área da Educação, quando a Lei exige que os Municípios invistam no mínimo 25% do orçamento resultando de impostos e transferências, desde 2009 investimos anualmente mais de 30% em Educação, sendo que em 2012 atingimos o auge de 34%.
Tratamos de cuidar bem de nossas crianças, passando a contar com duas Escolas de Educação Infantil, de turno integral. E graças a este investimento por dois anos seguidos, 2015 e agora 2016, ocupamos o 1º lugar entre todos os Municípios gaúchos em atendimento às crianças na Educação Infantil com idade de creche (0 a 3 anos) e pré-escola (4 a 5 anos) em turno integral.
 O resultado reflete um trabalho de toda a equipe da educação municipal, resultando dos esforços e investimentos de uma administração que entende que investir em Educação é investir no futuro. E agora, novamente, colhemos o resultado do bom trabalho, através da radiografia da Educação Infantil no RS, divulgada no início deste mês de dezembro pelo Tribunal de Contas do Estado.

Este bicampeonato não nos faz acomodarmos; nos desafia a fazermos cada vez mais e melhor.
A notícia você pode conferir no site do TCE no link







quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Refletindo sobre possibilidades de trabalho sobre Multiplicação e Divisão na Alfabetização


Fonte:http://www.wscom.com.br/arqs/noticias/original/201409231001050000003599.jpg

         A compreensão da multiplicação e da divisão costuma ser muito complexa e por vezes traumática aos alunos. Principalmente, porque ainda se insiste que o ensino da multiplicação ocorra da forma tradicional por meio da decoreba das benditas tabuadas e, posteriormente, com a “falsa” ideia de que os alunos sabem (ou melhor, decoraram) a tabuada, passa-se ao ensino da divisão.
Ora, como professor com primeira formação na área de exatas (Física), percebo a importância que o material concreto tem na construção do pensamento matemático pelo aluno. O jogo também é um recurso importante neste processo.
Como professor alfabetizador do 1º Ano do Ensino Fundamental, pauto minha prática na utilização de recursos e materiais concretos. Primeiro, porque são palpáveis, através do contato com eles os alunos interagem, o que facilita a aprendizagem dos conceitos matemáticos. Segundo, porque com a interação com os objetos concretos, há um sentido na ação para os alunos, o que desperta a curiosidade, o raciocínio e resulta na aprendizagem.
Para trabalho com a noção da multiplicação, realizei algumas atividades com meus alunos, que têm faixa etária variando de 6 a 7 anos de idade. A primeira atividade que realizei, foi utilizando o uniforme da escola. A escola onde atuo adota uniforme escolar, que é composto por diversas peças: calça, bermuda, camiseta manga curta, camiseta manga longa e casaco. Levei estas peças para a sala de aula e pedi que cada um dos meus alunos as organizasse da forma que acha possível. Em seguida, que registrassem através de um desenho. Ao final, cada aluno apresentou aos colegas, realizamos a comparação e análise sobre as diversas possibilidades de combinação.
Outra atividade que realizamos em sala de aula, dentro do projeto de alimentação, foi que levei os alunos ao refeitório da escola. Lá havia pães diversos (sanduíche, francesa, integral), recheios (queijo, presunto, salame, lingüiça) e verduras (tomate, cenoura, alface). Cada um dos alunos montou o sanduíche que tinha vontade de comer; e, seguida, pedi que comparassem com um colega; cada aluno teve de mostrar e explicar o que utilizou para montar seu sanduíche. Após, cada aluno comeu seu sanduíche. Ao retornar a sala de aula, pedi que registrassem através de desenho a combinação no seu sanduíche.
Quanto à divisão, na sala de aula possuo muitos jogos, entre eles, existe um formado com diversas de peças diversas de montar e encaixar. Distribui os alunos em duplas e pedi que cada dupla fosse pegando, uma a uma, uma peça, até não sobrarem mais peças. A regra era que ao final todos os grupos tivessem a mesma quantidade de peças. Desta forma, distribuídas as peças, sobraram 4; questionei o que faríamos, já que todos os grupos deveriam ter as mesmas quantidades. Em seguida, deveriam informar quantas peças cada dupla possuía e utilizassem para montar algum objeto ou algo que fosse possível.
Outras possibilidades que utilizo, também, são na realização de jogos, quando estabeleço a quantidade de alunos por grupo; então, deixo os alunos se organizarem e formarem os grupos, sempre questionando os critérios utilizados.
Enfim, minha preocupação com os alunos do 1º Ano sempre é a da utilização de materiais concretos ou de jogos, porque dão sentido e significado para as ações, além de serem importantes para a construção do conhecimento, do pensamento matemático.
Enfim, são inúmeras as possibilidades de intervenção e de utilização de aspectos do cotidiano escolar dos alunos como pressuposto e subsídios para a construção do pensamento matemática. Acredito que a grande preocupação do professor, principalmente nos Anos Iniciais, deva ser a reflexão sobre sua prática docente para a construção dos conceitos matemáticos, sendo fundamental a utilização do concreto e dos jogos neste processo.

Quando os alunos interagem com materiais concretos e entre si, a aprendizagem passa a ter significado, contextualização, sentido; desta forma, a construção do pensamento lógico-matemático passa a ser possível para todos os alunos da turma, pois não exige memorização, resposta prontas, nem decorebas; dar sentido a ação docente é fundamental neste processo.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Memória e História: a fotografia em questão

Fonte: http://blog.emania.com.br/content/uploads/2015/07/fotografo-iniciante1.jpg


Vivemos num mundo em que as mudanças ocorrem de forma cada vez mais rápida. Às vezes, quando nos damos conta, acontecimentos já fazem parte do nosso passado.
Nossa sociedade capitalista cria diariamente muitas tecnologias que passam a influenciar em nossas vidas e das quais até por vezes nos tornamos dependentes.
A fotografia, como reflete Felizardo e Samain (2007) também evoluiu muito com o passar dos anos. Antigamente, as câmera possuíam filmes que poderiam levar dias até serem revelados; hoje, com as câmeras digitais, instantaneamente já podemos conferir as imagens. Qualquer pessoa pode se tornar um fotógrafo amador; até mesmo os celulares dispõem de câmeras com boa definição.
No entanto, nos acostumamos, alertam os autores, a manter as fotografias armazenadas em mídias diversas (CDs, DVDs, HDs), inclusive nas próprias câmeras digitas (ou dos celulares), cujas memórias são cada vez maiores ou utilizamos de cartões de memória. A rapidez com que podemos excluir aquelas que não nos agradam ou não nos interessam ou até mesmo a possibilidade de perder fotos que fazem parte de memórias importantes de nossa História, são o contraponto desta facilidade de registrar.
Perdeu-se o hábito de revelar e armazenar em álbuns (ou semelhantes) as fotografias, dando sentido e sequência à nossa história de vida ou acontecimentos que nos são muito importantes, seja de nossa memória individual ou coletiva.
Segundo Felizardo e Samain (2007, pág. 217)
[...] Fotografar significa congelar no tempo a nossa memória, atestar e perpetuar a nossa existência. [...] parar no tempo e no espaço algo que, para nós, tenha sido provavelmente importante ou simplesmente agradável, familiar, bonito atraente.
Isso não significa que esta evolução da fotografia seja negativo em nossa vida, mas sim que passa, no contexto atual, por uma nova forma de arquivar e guardar nossas memórias, nossa História.

FONTE:

FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia como objeto e recurso de memória. Discursos fotográficos. Londrina, v.3, n.3, p.205-220, 2007. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/1500/1246> Acesso em: dez. 2016.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

As Ciências como recurso para a sustentabilidade

Fonte: http://www.postositamarathy.com.br/wp-content/uploads/2013/07/Sustentabilidade.jpg


Atualmente muito se fala e conhecemos sobre o que significa a sustentabilidade e sua importância para a preservação e a manutenção da vida no planeta.
As Ciências contemporâneas e a evolução do conhecimento trazido constantemente por elas, apontam caminhos e possibilidades para que a sustentabilidade seja uma prática real. Porém, há um longo caminho, mas que já foi iniciado.
Existem muitos desafios no caminho. Temos responsabilidades políticas e éticas, principalmente na produção do conhecimento e de alternativas de vida; este é um dos principais papéis das Ciências.
As Ciências que construímos, nesta perspectiva de sustentabilidade, é aquela que busca, reconhece seu compromisso político e produtor do conhecimento. Construir a sociedade sustentável continuará sendo nossa constante dúvida e utopia, afirmam muitos pesquisadores.
A educação ambiental atualmente desenvolvida no Brasil oferece elementos suficientes para ultrapassar as barreiras existentes e mostrar que outros caminhos são possíveis e as Ciências têm grande responsabilidades neste futuro.
Existem visões alternativas que implicam mudanças de paradigmas para a construção de uma sociedade sustentável orientada à democracia, justiça e ecologia.
[...] A arte de produzir conhecimentos, na perspectiva da sustentabilidade e da educação ambiental, está condicionada aos impactos e alternativas que possibilitam a construção de uma sociedade democrática, justa e ecologicamente sustentável. (REIGOTA, 2007)

Se optarmos por uma “Ciências sustentável”, que é inevitável e urgente,  teremos de fazer escolhas e rupturas com velhas práticas arraigadas na sociedade.


FONTE
REIGOTA, Marcos Antonio dos Santos. Ciências e Sustentabilidade: a contribuição da educação ambiental. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/aval/v12n2/a03v12n2.pdf>. Acesso em: Nov 2017.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Aprender Ciências: a observação, investigação e a formulação de ideias

fonte: https://s3.amazonaws.com/porvir/wp-content/uploads/2013/10/Abramundo.jpg

O processo de ensino-aprendizagem de Ciências, nos dias de hoje, há uma infinidade de possibilidades a serem exploradas em sala de aula.
O ensino meramente instrumental, técnico, com leitura de textos e informações prontas é uma prática incoerente com os avanços tecnológicos de nossa sociedade.
As crianças são exploradoras, têm curiosidade, estão mais ligadas nas Ciências do que nós, afirmam especialistas. Quando faz sentido, é mais prazeroso para aprender. O interesse delas gera nosso trabalho.
O ensino de Ciências remete também a brincar, experimentar, perguntar, o que favorece o desenvolvimento das crianças. Além disso, as Ciências carregam a cultura, as tradições, teorias e experimentações das crianças.
A aprendizagem por observação e experimentação exige tempo para observar, fazer, criar hipóteses, formular respostas e entender. Ainda, envolve atividades de leitura, observação, escrita, matemática, ou seja, envolve tudo do contexto que se está trabalhando.
Quando fez sentido é mais prazeroso e fácil para aprender. Devemos, enquanto docente, ser mediadores: estimular/provocar os alunos, vincular ao cotidiano para que entendam que tem um significado.
Há diferentes maneiras de se trabalhar e produzir Ciências: o debate, o estudo, o aluno precisa experimentar, o trabalho com projetos, partindo da curiosidade dos alunos. A forma como a criança associa os elementos com sua realidade – afetividades, imaginação, vivências, pensamento sincrético (tudo ao mesmo tempo agora).

Para que uma atividade lúdica atinja os objetivos da aprendizagem é necessário: conceito  a ser ensinado;  procedimento do professor; e, atitude que se quer despertar.

Fontes:
Ensino de Ciências: experimentação e lúdico: https://www.youtube.com/watch?v=Pq9KDoi-A9w

domingo, 20 de novembro de 2016

A pergunta como fator de aprendizagem

fonte: http://d2rbedwdba7p8y.cloudfront.net/imagens/ECO_006_1.jpg


Nós seres humanos somos seres muito curiosos. E a curiosidade não passa em branco: ela nos instiga a buscar respostas, encontrar caminhos, ampliar nossas aprendizagens.
Somos curiosos por natureza. As crianças que o digam: são verdadeiras perguntadoras.....Estão numa fase de desenvolvimento, grande aprendizagem e de indagação dos “por quês”....
A escola é um espaço fundamental para trabalhar com as perguntas das crianças. Ou melhor....trabalhar com e a partir delas.
Parece que à medida que nos alunos vão crescendo passamos por cima de suas perguntas e transformamos o ensino-aprendizagem numa espécie de teoria do aprender. Pode ser um certo receio nosso enquanto educadores sobre o que nossos alunos nos perguntarão e até falta de respostas às suas dúvidas.
Mas aprender em colaboração significa não responder as perguntas das crianças (dos nossos alunos). Devemos transformá-las em ponto inicial de nossa prática docente e ser mediadores da aprendizagem dos nossos educandos.....trabalhar com as perguntas, estimular a dúvida, a pesquisa, a experimentação. Afinal, não sabemos tudo....claro que aprendemos muito com a vida e com nossos estudos, mas jamais saberemos as respostas de todas as perguntas. É a dúvida e a busca pelas respostas que transforma a aprendizagem em instigadora, desafiadora, tornando-se um espaço de busca, trocas e descobertas. É isso que deve ser a sala de aula, a escola, a nossa vida.
Os projetos de aprendizagem, as atividades experimentais e o uso de recursos concretos são possibilidades de enriquecer este processo!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Aprender História: significando as aprendizagens

Fonte: http://blog.ensinandoaviver.com.br/flaviana/wp-content/uploads/2016/04/20160413_172258.jpg


Aprender História não costuma ser agradável nem interessante para a maioria dos alunos. É um desafio ao professor despertar no aluno a curiosidade e interesse em compreender o que significa aprender a Histórica. E este é um trabalho que pode ser iniciado já na Educação infantil e nos Anos Iniciais.
Segundo  Cooper é importante trabalhar a identidade dos alunos, num processo que se inicie nos alunos, seus interesses, o tempo e as mudanças na vida das crianças, suas biografias, compreensão da ideia de continuidade. A compreensão do conceito do tempo é fundamental para que haja a aprendizagem significativa das crianças. Cooper ainda destaca a importância de ensinar o passado sem que seja sob uma única perspectiva, já que a História é um processo dinâmico.
Várias atividades são possíveis de serem realizadas visando introduzir as crianças à compreensão sobre o estudo da História e sua importância em nossa vida.
Pode-se iniciar um trabalho com resgate de imagens de sua família, seus pais, avós (como um esquema de árvore genealógica), e levar que observem os contextos de cada fotografia, as vestimentas, o tipo de imagens, entre outros aspectos, fazendo um comparativo e análise.
Ainda, para a compreensão do tempo é possível fazer outra atividade que integra as crianças com outras gerações. Como sou professor de 1º Ano no início do ano propus o resgate de brinquedos e brincadeiras pelos alunos, com o uso de materiais de reuso (sucata) que fossem construídas com suas famílias e os pais conversassem com os filhos sobre o seu uso, importância. Depois cada aluno trouxe o brinquedo construído e apresentou aos colegas.
Ainda, o resgate de imagens da cidade em várias épocas diferentes de determinadas paisagens, construções. É possível analisar com as crianças as diferenças nas paisagens ao longo do tempo, entre outros aspectos. Até mesma com relação a escola em diferentes épocas.
Hilary defende “[...] que descobrir o passado é um contexto ideal para trabalhar com pais e a comunidade local (pág. 183).
Outra possibilidade, como aponta a autora, é o trabalho com lendas. Aqui no Sul temos muitas lendas conhecidas, podem ser trabalhadas com os alunos, representadas. O desenvolvimento da imaginação na criança é fundamental para este processo.
Segundo Copper, descobrir o passado [...] auxilia crianças a respeitarem culturas, ter consciência da sua própria e a considerar a consequência das ações” (pág. 184).
Neste sentido, é fundamental que se repense a prática docente no sentido de tornar significativa a aprendizagem das crianças, para que participem ativamente do processo e sejam transformadoras.

REFERÊNCIA
COOPER, Hilary. Aprendendo e ensinando sobre o passado a crianças de três a oito anos. (tradução)

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A importância da investigação e da experimentação na aprendizagem dos alunos

Foto 1: experimentando em sala de aula


O ser humano por natureza é curiosidade. E graças a esta curiosidade e a sua capacidade de criação, avançamos muito e diariamente surgem novas criações.
A criança, por ser vez, aprende a partir da curiosidade. Aprende brincando, aprende experimentando, vivenciando.
A sala de aula precisa ser um espaço de vivências, de experimentação, onde o aluno seja instigado a procurar e o professor um mediador do conhecimento.
Esta é uma proposta que estamos desenvolvendo no Seminário Integrador IV do Pead.
Neste sentido, como professor alfabetizador, desenvolvi um projeto a partir de uma pergunta surgida em sala de aula. Estávamos desenvolvendo um projeto sobre a luz. Tudo partiu do ponto que em nosso Município há problemas constantes de falta de luz (energia elétrica) que afeta toda a cidade, principalmente o interior. Partindo de uma pergunta dos alunos por que a falta recorrente da energia elétrica, desenvolvemos o projeto sobre a luz.
Foram realizadas várias atividades até a proposta de um experimento. Embora seja uma turma de 1º ano do Ensino Fundamental e o experimento mostre na prática o fenômeno físico da Refração da luz, não empreguei este conceito, tampouco preocupei em explorar, face à faixa etária dos alunos e por ser um conceito mais complexo, mas a ênfase se deu na importância da luz e sua influência em nossa vida e em fenômenos do cotidiano.
foto 2 - experimento sobre refração da luz (adaptado à faixa etária)

Dentro do contexto do projeto sobre a luz e sua importância, fui questionando os alunos sobre por que ela é importante em nossa vida (seja na forma de energia elétrica), seja para enxergamos objetos, nos localizarmos. Lembrando-os sobre o que havíamos aprendido, aproveitei para relacionar com o experimento que estávamos realizando naquele momento e o que eles achavam que poderia ter causado aquela coisa (forma a que se referiam aquele fenômeno que estavam presenciando e que inclusive foram experimentando, um a um).
A maioria dos alunos sugeriu que a água fosse a responsável por aquele fenômeno. Então complementei, dentro de sua compreensão, que a luz influencia o fenômeno, tem a ver como ela incide num lugar e sua relação com o meio. Utilizei uma linguagem acessível à faixa etária visando que tivessem uma compreensão do que estavam experimentando e compreendem a influência da luz e sua propagação.
Os alunos ficaram muito instigados com a realização deste experimento. Tiravam e mergulhavam os lápis repetidamente no copo com água e pareciam não acreditar no que estava acontecendo. De início alguns acharam que o lápis era "mágico", porém quando testaram com os demais perceberam que isso acontecia com qualquer lápis que fosse colocado ali.   Foi uma atividade que gostaram muito de fazer e com certeza resultou de aprendizagem significativa para cada um deles, dentro da compreensão da faixa etária dos 6/7 anos. 
Esta atividade permite aos alunos uma boa reflexão a partir de um experimento simples, porém de grande valor para os alunos em sala de aula, porque instiga sua curiosidade, faz com que eles criem hipóteses, relacionem a aprendizagens já consolidadas e desenvolvam o exercício da experimentação. A curiosidade é o alimento para uma boa prática e aprendizagem significativa em sala de aula.

domingo, 23 de outubro de 2016

Refletindo sobre o tempo e suas implicações no espaço escolar

fonte: http://acervo.novaescola.org.br/img/politicas-publicas/mais-tempo-escola.jpg


Na atualidade, vivemos diariamente parece que correndo contra o tempo. Acumulamos responsabilidades, duplicamos jornadas de trabalho, assumimos muitas coisas ao mesmo tempo. Parece que os dias estão cada vez mais curtos e que o tempo passa muito rápido.
E ele passa mesmo!
Quantas vezes não pensamos que o dia poderia ter mais horas para darmos conta de mais atividades ou de melhor qualidade de vida.
Oliveira (et al.) destacam que essa sucessão de tempo, dividida em dias, meses e anos, reflete diariamente na escola e no seu cotidiano. Turmas divididas em séries/anos, alunos distribuídos em classes mais ou menos homogeneizadas, como se todos estivessem num mesmo nível de aprendizagem, como se todos aprendessem de forma semelhante, no mesmo ritmo, cujo resultado final do processo resulta em aprovação/reprovação.
Segundo as autoras, para o(a) professo(a) o tempo de sala de aula passa a ser um tempo de preenchimento de carga horária, delimitado pelo sinal (tempo de entrada/saída), numa sucessão de dias que formam o chamado ano letivo. Neste tempo, o professor dá sua aula, ao mesmo tempo que precisa dar conta do conteúdo, da burocracia imposta pelos sistemas educacionais.
Este espaço de tempo em sala de aula parece ser destinado exclusivamente a transmissão de conteúdos para resultar na aprendizagem dos alunos, cujo resultado final será uma classificação (aprovado/reprovado).
O tempo escolar passa a ser homogeneizado para todos, como se as não houvessem diferenças, sabendo que todos aprendemos de maneiras e ritmo diferentes.
E o que falar sobre o espaço do debate, da troca de ideias, da organização da escola, dos seus desafios, da sua realidade, entre os pares e com a comunidade escolar? Parece que não há (e realmente o tempo é quase mínimo, quando há).
Resta o desafio de repensar o tempo no espaço escolar para que ele realmente se transforme de um espaço ativo de discussões, fazendo valer seu papel dentro do princípio democrática da escola de qualidade social.

Referência

OLIVEIRA, Cristiane et al. Questões sobre o tempo no espaço escolar. Disponível em: <http://www.ufjf.br/espacoeducacao/files/2009/11/cc07_1.pdf> Acesso em 22 out. 2016.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Aprendendo Matemática em sala de aula: além do quadro negro

http://www.grupoescolar.com/a/b/873F5.gif
fonte: https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fwww.grupoescolar.com%2Fa%2Fb%2F873F5.gif&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.grupoescolar.com%2Fpesquisa%2Fensino-da-matematica.html&docid=jzxExmm8rawO6M&tbnid=iTxTdQixiSda3M%3A&w=346&h=246&hl=pt-BR&bih=804&biw=1600&ved=0ahUKEwjdptGSt-rPAhWMeD4KHYNoDscQMwg1KAQwBA&iact=mrc&uact=8


Aprender Matemática muitas vezes não é nada agradável, tampouco acessível para a maioria dos alunos. É necessária uma abstração para compreensão da aprendizagem Matemática.
Recordo que enquanto aluno da escola sempre gostei muito da disciplina, mas as aulas eram tradicionais, com exposição oral do professor no quadro negro, resolução de exercícios, provas e trabalhos.
A primeira experiência prática para oportunizar aprendizagem matemática se deu quando eu cursava o curso Normal de Nível Médio, em formação para ser docente, com uso de metodologias diversas, materiais concretos, entre outros.
Já enquanto professor participei de cursos de formação continuada com atividades práticas e formação para a aprendizagem dos conceitos matemáticos.
A Matemática ainda é um bicho-papão para grande parte dos alunos, que não vêem sentido no que estão aprendendo (ou tentando aprender), o que na maioria das vezes gera um impacto que contribui para o bloqueio na compreensão e posteriormente, não resulta em aprendizagem.
Lourenço, Baiochi e Teixeira (2012) sustentadas na teoria de Constance Kamii, alertam que muitas vezes os alunos aprendem de maneira mecânica, decorando sequências, mas não constroem conceitos. Para que isso não ocorra, reiteram a importância da utilização de material concreto durante o processo de ensino-aprendizagem.
Sempre que trabalho com atividades práticas procuro construir, sempre que possível, os materiais com os alunos em sala de aula, nos Anos Iniciais, porque entendo que participando da confecção os educandos dão sentido ao que estão fazendo. Também deixo que manuseiem livremente para conhecer, explorar, identificar e se familiarizar com os materiais, questionando-os para que pensem, criem hipóteses, pensem.
Lourenço, Baiochi e Teixeira, reiteram que a alfabetização matemática pode ocorrer juntamente com o processo de ler e escrever. As autoras apontam ainda que alfabetizar matematicamente é construir na criança a percepção de quantidade e símbolo.

Não é fácil o planejamento e execução de aulas e atividades práticas que favorecem a construção e desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, mas o professor enquanto aprendiz e em constante formação tem o desafio de repensar sua prática docente, criar na sala de aula um ambiente estimulador e facilitador de aprendizagens e trocas contínuas.

Referência
LOURENÇO, Edvâniia Mª da Silva; BAIOCHI, Vivian Tammy; TEIXEIRA, Alessandra Carvalho. Alfabetização Matemática nas Séries Inicias: O que fazer? Como fazer? In: Revista da Universidade Ibirapuera. São Paulo, v.4, p.32-29, jul/dez 2012.

domingo, 16 de outubro de 2016

Autodesafio: a tecnologia como recurso para alfabetização e o letramento


Legenda: utilização de netbooks em sala de aula

Vivemos um período de rápidas transformações, marcado pelo surgimento de novas tecnologias, que automaticamente passam a ficar inseridas em nosso cotidiano.
A escola não pode ficar por fora destas inovações, tampouco continuar com o modelo tradicional de ensino-aprendizagem. Deve reinventar sua prática, visando aliar tecnologia e aprendizagem.
O uso das tecnologias em sala de aula possibilita criar um ambiente agradável, desafiante e motivador para professor e alunos.
Sabemos que nem todas as escolas dispõem de tecnologias e inclusive de internet; porém, boa parte delas possui.
Na escola onde sou docente recebemos do Governo do Estado netbooks em grande número, como recursos para uso com os alunos.
Porém, tudo o que é novo ainda causa certo receio; vejo que muitos professores ainda não utilizam os nets em sala de aula, seja por desconhecimento de seu funcionamento, falta de formação, dificuldades em planejar aulas com o seu uso e falta de tempo (planejamento) que é fundamental para organização do trabalho. Também passo por algumas destas dificuldades e mesmo não tendo recebido formação, passei a explorar os recursos dos nets para uso com meus alunos.
Como professor alfabetizador percebi uma variedade de recursos que os nets trazem para a alfabetização e alfabetização digital dos educandos.
Primeiro, eles adoram explorar e utilizar as tecnologias, já que muitos inclusive possuem um celular com muitos recursos disponíveis.
Segundo, porque os nets dispõe de recursos importantes que servem para prática em sala de aula no processo de alfabetização dos alunos (leitura, escrita, matemática).
Permanece o desafio do uso e aproveitamento da tecnologia em sala de aula, repensando minha prática docente e proporcionando aprendizagem significativa para meus alunos.

domingo, 9 de outubro de 2016

Geografia: compreendendo e situando-se no mundo

fonte: http://geografia.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/33/imagens/i227820.jpg



Sempre fui apaixonado pela Geografia. Conhecer o mundo sempre me fascinou....
Enquanto aluno do Ensino Fundamental, embora num ensino tradicional da Geografia, sempre me dediquei muito e estudava para ser um bom aluno. Meus professores liam os capítulos conosco, passam exercícios, corrigiam, faziam provas, trabalhos e trabalhavam muito com mapas. Não me lembro de ter construído sequer uma maquete ou ter feito uma saída de campo. Mesmo assim, sempre gostei de Geografia, a tal ponto que quase acabei cursando esta licenciatura, a qual admiro até hoje.
Enquanto professor dos Anos Iniciais, procuro explorar o ensino de Geografia utilizando de variados recursos, para situar meus alunos no espaço, para que eles se localizem e compreendam o mundo e, acima de tudo, gostem de Geografia.
Castrogiovanni e Costella apontam que “o aluno competente em geografia estabelece relações entre os elementos geográficos que compõem o espaço e é, a partir desta relação, que se posiciona frente aos desafios da sociedade da informação” (pág. 15).
Assim sendo, apontam o ensino da Geografia e principalmente da Cartografia como possibilidades inclusive na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Enfatizam que a Geografia ensina a ler o mundo e é fundamental o letramento espacial nos alunos.
Segundo os autores, é necessário novas leituras e um novo caminho para o ensino-aprendizagem da Geografia, porque existe uma fragilidade entre o que o professor aprende durante sua formação e o que ensina na escola.
A Cartografia permite um trabalho muito rico em sala de aula estabelecendo referência, lateralidade, percepção de imagens de diversos pontos de vista, relações de distância, ordenamento de pontos de referência, desenvolvendo a capacidade da conservação do conhecimento.
É imprescindível o processo de revisão da prática pedagógica do professor, explorando as possibilidades de um novo ensino-aprendizagem da Geografia, ampliando possibilidades, desenvolvendo novas habilidades.

Referências
CASTROGIOVANNI, Antonio; COSTELLA, Roselane. Geografia e a cartografia escolar no ensino básico: uma relação complexa - percursos e possibilidades. In: SEBASTIÁ, Rafael; TONDA, Emilia. La investigación e innovación en la enseñanza de la Geografía. Alicante: UNE, 2016, p.15-26.

Ensino-aprendizagem de História: a pesquisa como possibilidade

fonte: http://image.slidesharecdn.com/achargenoensinodehistria-150827181723-lva1-app6892/95/a-charge-no-ensino-de-histria-1-638.jpg?cb=1440699643

Refletindo sobre o ensino de História vem à mente alguns aspectos que nos fazem refletir. Lembro-me, com mais vigor, de minha trajetória enquanto estudante de 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental.
Até a 7ª série lembro que usávamos um livro didático. Na sala de aula líamos os textos, a professora explicava, fazíamos uma lista de exercícios diversos e, em seguida, era o dia marcado para a prova. Lembro-me que estudava, no estilo mais decoreba, do que de entendimento, embora gostasse de estudar História. As minhas professoras nesta etapa não eram habilitadas especificamente neste área, o que pode explicar o modelo de ensino baseado em leitura, decoreba e avaliações com ênfase em provas e alguns trabalhos.
Já na 8ª série tive a oportunidade de ter aulas com uma professora licenciada em História, que tinha prazer em explicar, sabia cativar e nos encantar pelo estudo desta disciplina. Embora o sistema de avaliação fosse o mesmo dos demais, via como um diferencial suas aulas.
Exatamente sobre esse ensino de História que Elza Nadai aponta o esgotamento atual deste modelo. Ela aponta uma relação negativa com os alunos, que não gostam de estudar a História, em função deste modelo baseado na decoreba, no ensino tradicional, como se o conhecimento estivesse pronto e acabado. Pode-se dizer, que a partir da década de 90, segundo Nadai, o ensino da História viveu uma conjuntura de crise.
Entendo que nesta questão residem aspectos fundamentais: a formação do professor e a mudança da prática pedagógica em sala de aula.
Os cursos de formação docente precisam repensar o professor que estão formando, o modelo de formação e pautar na formação de um docente criativo, dinâmico e que instigue seus alunos. O desafio do professor é repensar sua prática, investir no ensino com ênfase na pesquisa, empregando projetos de aprendizagem, onde o papel de investigador seja desempenhado pelo aluno. O docente passa a ser um mediador e o aluno o sujeito que busca, pesquisa, aprende.

Referência:
NADAI, Elza. O ensino de história no Brasil: trajetória e perspectiva. Revista Brasileira de História. São Paulo, v.13, n.25/26, p.143-162, set.92/ago.93.

domingo, 25 de setembro de 2016

Escola sem partido X escola sem mordaça

fonte: https://www.youtube.com/watch?v=000b7AFo5h8

Hoje pretendo refletir um pouco de assuntos que estão em amplo debate nos últimos meses.
Esta primeira reflexão trata do projeto denominado “Escola sem partido”, que tem como contraponto o projeto “Escola sem mordaça”.
O vídeo acima apresenta um debate de ideias promovido pela Zero Hora onde os dois projetos são apresentados. Dou destaque para os 10 primeiros minutos onde efetivamente há um debate sobre tal.
A formação docente implica, em sua constituição, uma formação política. Política, neste caso, não se referindo a vinculação político-partidária, embora nada a impeça, uma vez que fora do ambiente profissional cada docente é livre para optar por aquilo que julga importante e que queira seguir.
Estou me referindo a aspectos da formação docente. Todo professor, é em essência, um ser político e sua formação também implica este aspecto.
A escola é um ambiente de formação de indivíduos críticos, que vivem socialmente e que também fazem parte de sua constituição. Não há como limitar o debate em sala de aula sobre todos os aspectos cotidianos de nossa sociedade e não devemos transformar a escola num espaço policialesco. Na minha opinião, é isso que o “escola sem partido” acabará transformando. Vai implicar em aulas essencialmente teóricas, sem debate de ideias e reflexões sobre os problemas e necessidades da nossa sociedade.
E como fazer a escolha dos livros ou materiais didáticos? Que o fará? Quais serão os critérios?
Toda a escola possui seu Projeto Político-Pedagógico e seu Regimento Escolar, que devem ser amplamente conhecidos por toda a comunidade escolar, então não há necessidade de amordaçar os docentes para que não “contaminem” os alunos com pensamentos “marxistas, de esquerda, comunistas”. Um absurdo!
Vivemos numa sociedade onde a livre expressão de pensamentos e o debate de ideias é fundamental para o fortalecimento da democracia e a escola é fundamental na construção de uma sociedade melhor, respeitando a pluralidade de concepções e ideias pedagógicas, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN _ Lei 9.394/1996).

sábado, 16 de julho de 2016

As histórias não contadas no cotidiano

fonte: https://www.youtube.com/watch?v=wQk17RPuhW8


Hoje minha reflexão neste post parte de um vídeo proposto pela interdisciplinar de Libras, intitulado “O perigo de uma história única”.
O vídeo mostra o fato de que cotidianamente assistimos e acompanhamos histórias que vemos como normais. A própria mídia e os meios de comunicação nos apresentam histórias ditas reais e normais, que acabamos assimilando e enxergando como únicas.
Não nos damos conta, neste contexto, das histórias reais, de pessoas reais, que não são contadas pela mídia ou pelos filmes.
Vivemos nossa realidade, não costumamos pensar e tentar enxergar o mundo de outras culturas, outros fazeres, outras histórias e experiências. Fica mais fácil apropriarmos do que conhecemos e julgamos como real e normal.
O vídeo possibilita uma ampla reflexão de como vemos e pensamos as coisas.
Também serve como desafio para nossa prática docente, explorar a realidade e cotidiano dos nossos alunos para enriquecer nosso fazer pedagógica e trazer para a sala de aula  outras realidades e histórias.

A Música em sala de aula

fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUzii5hf7t0PsgRPGecwU1eW0G_w6sVtozmKzhs2nwP_LCo2BAGXjnVVdGPS2A8vBNbausjCn0IQTmNv75StxWEGqoSg7wlDFYlxffiMOgvLH2FnvdU6EZH91M6QwcYgow6MFprlklPPbG/s400/essa1.gif


A Interdisciplina de Música foi muito importante para minha formação neste semestre.
Eu já possuía uma formação inicial em Música, pois durante vários anos fui aluno de piano, em minha infância, dos 8 aos 15 anos de idade. Tive aulas com 3 professores pois desde pequeno desenvolvi o gosto pela música. Também, em minha adolescência, participei de coro na Igreja e fui organista na Igreja (São Vendelino, São Sebastião do Caí, Pareci Novo), casamentos, etc. Nunca trabalhei profissionalmente, sempre por gosto e dedicação pessoal.
Desde o início de minha prática profissional como professor, sempre busquei trabalhar com a música em sala de aula. Tenho um teclado e também já levei ele para sala de aula, em algumas oportunidades.
Como alfabetizador, trabalho muito com música, pois os alunos também gostam muito. Procuro explorar o espaço da sala de aula, fazendo gestões, pois entendo que a música é contribui para o desenvolvimento das crianças e é um recurso fundamental para a construção do conhecimento.
Uma música que trabalho muito com o 1º ano é a do trem "Eu vou pegar o trem" e busco explorar muitos movimentos, o espaço da sala de aula, variar.  Até na Matemática busco usar Músicas como recurso de aprendizagem.
No Município onde resido, São Vendelino, também há aulas de Música para os alunos da rede pública (mantidos pela Prefeitura) desde 2008, sendo que desde 2009 as aulas são semanais para a Educação Infantil e Anos Iniciais e Mensais para os Anos Finais, com professor habilitado.
Os alunos gostam muito de cantar e a música faz parte do seu cotidiano. Cabe a nós professores, em sala de aula, como recurso para nossa prática docente, propiciar aos alunos o trabalho com diferentes estilos e de diferentes usos da Música, inclusive reconhecendo os interesses que os alunos possuem, seus gostos musicais, de suas famílias, as músicas que costumam ouvir. 
Neste sentido , o planejamento docente é fundamental para o bom trabalho com a Música em sala de aula. Implica em buscar, pesquisar, estudar e procurar o apoio necessário para este trabalho em sala de aula, que permite diferentes usos, em diferentes contextos. Música denota também explorar espaços, possibilidades, representações, gestos; Música é vida, movimento.
Maffioletti no texto "O que se aprende com a música" destaca que a musicalidade é um traço humano que pode ser observado desde cedo já com os bebês. A criação de instrumentos musicais também favorece a aprendizagem musical da criança, sendo um recurso prático que pode ser empregado em sala de aula.
A música faz parte da identidade das crianças.

 fonte:
MAFFIOLETTI, Leda. O que se aprende com a música?